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O Ministério Público Federal denunciou o atacante brasileiro Neymar, do Barcelona, sob acusação de sonegação fiscal e falsidade ideológica, crimes com penas previstas de até cinco anos de prisão.
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De acordo com a Folha de S. Paulo, o documento foi entregue, sob sigilo, na última quarta-feira (27) à 5ª Vara da Justiça Federal de Santos.
Além do jogador, foram denunciados Neymar da Silva Santos, pai do atleta, Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e Josep Maria Bartomeu, atual mandatário do time catalão.
Segundo a publicação, a Justiça deve agora analisar o pedido e decidir se acatará a denúncia. Se for aceita, os quatro serão transformados em réus.
O documento é assinado pelo procurador-chefe do MPF de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre.
Neymar é acusado de receber a maior parte de seus redimentos por empresas que só existiam no papel, para assim pagar menos impostos.
A revista "Veja" adiantou que teve acesso às 147 páginas do processo, e informa que há indícios de falsificação em ao menos 15 contratos.
A reportagem revela que quando os contratos foram firmados, as empresas de Neymar ainda não existiam, mas seus CNPJs constam nos documentos, o que, segundo a Procuradoria, indica que os papéis foram adulterados.
A publicação também refere que a denúncia traz detalhes dos ganhos do atleta (só em publicidade, foram mais de R$ 74 milhões em 2011) e de seu contrato com a equipe espanhola, além de um "depoimento explosivo" de seu pai.
O Globoesporte.com divulgou que a Receita Federal também multou o jogador por supostamente não ter declarados os valores –os advogados de Neymar contestam a cobrança.
No ano passado, a Justiça já havia determinado o bloqueio de R$ 189 milhões para garantir o pagamento das autuações.
A defesa do jogador ideclarou que ainda não foi notificada sobre a denúncia.