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Abatido e com o semblante de poucos amigos, Gabriel Medina deixou o mar de Tsurigasaki nitidamente frustrado com a perda da medalha de bronze na Olimpíada de Tóquio.
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A sensação de injustiça pela perda do pódio gerou protestos de sua mulher, Yasmin Brunet, que foi às redes sociais protestar. Vetada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para acompanhar o marido na capital japonesa, ela acompanhou a competição de casa.
"Estamos do seu lado e não vamos fingir que não vimos o que aconteceu. Foi roubado na cara dura", disse Yasmin. "Só gostaria muito que alguém se posicionasse e te defendesse", completou.
Gabriel Medina disputou a medalha de bronze nesta madrugada após ser eliminado na semifinal pelo japonês Kanoa Igarashi. Em bateria acirrada, o brasileiro foi superado pelo australiano Owen Wright por 11,97 a 11,77.
Atual líder do ranking mundial, o brasileiro sinalizou em entrevista à TV Globo que não concordou com a decisão dos juízes, tanto na semifinal quanto na briga pela 3ª colocação.
"Infelizmente não deu. Vou voltar pra casa e descansar. É difícil passar o ano treinando e se esforçando e acontece isso. Minha parte eu fiz. Tem coisas que não dá para entender, mas tinha que ser assim", disse. "É difícil esperar dos outros."
O fim da trajetória de Gabriel Medina em Tóquio acontece após o longo imbróglio do casal com o COB. Segundo a entidade, a negativa à presença de Yasmin na Olimpíada ocorreu por causa dos rígidos protocolos para evitar o contágio pela covid-19, sendo permitido aos atletas levar somente uma pessoa para a capital japonesa. Entretanto, eles afirmam que outros competidores tiveram liberdade para escolher quem preferiam levar para os Jogos.
A competição de surfe masculino na Olimpíada de Tóquio terminou com o ouro do brasileiro Ítalo Ferreira. O potiguar se tornou o primeiro campeão olímpico da história da modalidade.