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O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial, que não considera ágio de aquisições, de R$ 4,171 bilhões, no segundo trimestre deste ano, o maior nível da história da instituição. O valor ainda representa um salto de 95,3% sobre os R$ 2,136 bilhões obtidos no mesmo período de 2020, quando o banco carregou nas provisões para créditos de liquidação duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, em face ao recrudescimento da pandemia de covid-19.
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O resultado gerencial, contudo, é 7,21% inferior à estimativa de R$ 4,495 bilhões, apontada na média das projeções de cinco casas (BTG Pactual, Itaú BBA, Bank of America (BofA), JPMorgan e UBS BB) colhidas nas Prévias Broadcast.
A subsidiária brasileira do banco espanhol encerrou o primeiro semestre deste ano com ativos totais de R$ 940,912 bilhões, uma queda de 4,74% se comparado a um ano antes (R$ 987,679 bilhões), quando a crise deflagrada pela pandemia fez com que fosse perdido o patamar do trilhão, alcançado no trimestre anterior.
O patrimônio líquido, por sua vez, avançou 9,07% na comparação com os R$ 72,455 bilhões registrados um ano antes e alcançou R$ 79,024bilhões, no segundo trimestre deste ano.
A margem financeira bruta do Santander Brasil totalizou R$ 13,424 bilhões no segundo trimestre deste ano, estável em relação aos três meses imediatamente anteriores. Em um ano, porém, foi identificada retração de 1,5%.
O desempenho da margem, de acordo com o Santander, teve influência do crescimento dos negócios com clientes durante o segundo trimestre. Mas, na outra ponta, receitas com tesouraria encolheram no período de referência, neutralizando a cifra final.
A margem financeira com clientes, que reflete operações do banco que rendem juros, alcançou R$ 11,473 bilhões no segundo trimestre, alta de 1,6% ante o primeiro. Em um ano, cresceu 4,0%. Tal resultado, conforme o Santander, foi possível graças a maiores volumes, venda de produtos mais rentáveis e um calendário favorável, com um maior número de dias corridos.
Já a margem financeira com o mercado, que é basicamente o resultado da tesouraria do banco, foi a R$ 1,951 bilhão de abril a junho deste ano, retração de 8,4% no trimestre e de 25,0% em um ano.
Como consequência, o spread do Santander Brasil voltou a encolher no segundo trimestre, retornando ao patamar do terceiro trimestre do ano passado. Ao fim de junho, foi a 10,2% ante 10,6% em março e 10,9% em um ano.
O Santander Brasil informa, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que, em função da aprovação da cisão da Getnet, de maquininhas, recalculou seus resultados desde o primeiro trimestre de 2020, sem levar em conta os números desta operação.
Carteira de crédito
A carteira de crédito ampliada do Santander Brasil encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 510,314 bilhões, com avanço de 14,4% sobre o total registrado ao fim de junho do ano passado. O impulso, conforme material distribuído pelo banco espanhol sobre sua operação no País nesta madrugada, veio sobretudo de empréstimos concedidos a pessoas físicas e pequenas e médias empresas.
Segundo o Santander, a carteira de grandes empresas recuou 0,8% em relação ao saldo verificado no fim de março e avançou apenas 4,2% na comparação com junho do ano passado. Em 12 meses, os empréstimos concedidos a pessoas físicas cresceram 20,9% e, contra março, 6,4%. A parcela da carteira voltada a PMEs saltou 29,8% em um ano e, no trimestre, aumentou em 6,5%.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), ficou em 21,6%, acima dos 20,6% registrados no primeiro trimestre deste ano, e muito próximo à rentabilidade de 21,7% obtida um ano antes, quando excluídos os efeitos das provisões extraordinárias realizadas naquele período.