Brasil perde do Canadá nos pênaltis e dá adeus ao sonho do ouro em Tóquio

As brasileiras tentaram de várias maneiras, mas não encontraram um jeito de superar a retranca das canadenses, que foram mais eficientes nas penalidades

© Getty

Esporte Seleção feminina 30/07/21 POR Estadao Conteudo

Em um jogo de pouca inspiração e com erros de sobra em Miyagi, a seleção brasileira feminina de futebol perdeu para o Canadá nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal e deu adeus nesta sexta-feira ao sonho do ouro olímpico ao parar nas quartas de final da Olimpíada de Tóquio. As brasileiras tentaram de várias maneiras, mas não encontraram um jeito de superar a retranca das canadenses, que foram mais eficientes nas penalidades. Bárbara até pegou a cobrança de Sinclair, a craque das canadenses, mas Andressa Alves e Rafaelle pararam na goleira Labbé.

PUB

Em busca de sua terceira medalha em olimpíadas - levou o bronze em Londres-2012 e no Rio-2016, o Canadá vai encarar nas semifinais o vencedor de Holanda e Estados Unidos, que se enfrentam ainda nesta sexta, em Yokohama. O Brasil, dono de duas pratas em Atenas-2004 e Pequim-2008, repetiu a campanha de Londres ao ser eliminado antes das semifinais e ficar fora da disputa pelo bronze pela segunda vez.

O jogo marcou um duelo particular entre Marta e Christine Sinclair. As duas são concorrentes diretas na briga pela artilharia geral do futebol feminino olímpico. O recorde pertence à brasileira Cristiane, com 14 gols. Como nenhuma das duas balançou as redes, Marta continua com 13, e Sinclair com 12.

Brasil e Canadá dividiram os poucos momentos de protagonismo na primeira etapa. Faltaram criatividade na armação das jogadas e efetividade na conclusão delas. As brasileiras tiveram um início melhor e levaram perigo ao gol adversário pela primeira vez com Tamires, em arremate de esquerda que saiu por cima da meta.

As canadenses subiram a marcação e passaram a incomodar. Na melhor chance, Sinclair, a craque da equipe, não dominou bem e a bola ficou com a goleira Bárbara. Mas a principal oportunidade do primeiro tempo foi do Brasil, com Debinha. A atacante pressionou a zagueira Gilles até roubar a bola, mas chutou em cima da goleira Labbé.

Houve também uma marcação de pênalti para a equipe brasileira em lance envolvendo Duda na área, mas a árbitra francesa Stephanie Frappart reviu o lance no monitor do VAR e mudou de ideia, cancelando a penalidade.

No segundo tempo, o roteiro foi semelhante ao do primeiro: muitos erros de passe, ausência de criatividade e falha na poucas finalizações. O Brasil dominou os primeiros minutos, mas foi o Canadá quem ficou mais perto de tirar o zero do placar e a pasmaceira do duelo. Após a falta cobrada da esquerda, Gilles subiu mais que Bruna Benites e cabeceou no travessão, para o alívio da goleira Bárbara.

A equipe da técnica Pia Sundhage apresentou uma leve melhora a partir da entrada de Ludmila na vaga da sumida Bia Zaneratto. A veloz e habilidosa atacante flutuou nas duas pontas para encontrar espaços, deu trabalho para a zaga rival, mas jogou por vezes sozinha pelos lados, sem a aproximação de suas companheiras.

O Brasil retomou o domínio da partida nos minutos finais e se lançou ao ataque. Mas era um domínio quase inócuo. Sem encontrar brechas na zaga rival, a solução foi arriscar de fora da área. Debinha tentou e Labbé espalmou no canto esquerdo. Já Angelina concluiu da intermediária para fora, sem perigo. Nos acréscimos, a incansável Ludmila recebeu lançamento da Érika nas costas da defesa e dividiu com a goleira, que pegou a bola em dois tempos. Sem inspiração e gols, o jogo se encaminhou à prorrogação.

A seleção brasileira procurou mais o gol também no tempo extra e Pia, enfim, lançou mão de Andressa Alves. Mas com Debinha mal, Ludmila isolada no ataque e Marta extenuada, a equipe não foi capaz de furar o bloqueio defensivo canadense.

Nos minutos finais, a pressão foi intensificada mesmo sem muita organização. Duda viu sua finalização sair próxima da trave e Labbé evitou o gol de Érika em cabeceio no canto no penúltimo minuto. Nos pênaltis, brilhou a estrela da goleira Labbé, que defendeu as cobranças de Andressa Alves e Rafaelle.

FICHA TÉCNICA

CANADÁ 0 (4) x 0 (3) BRASIL

CANADÁ - Labbe; Lawrence, Buchanan, Gilles e Chapman (Riviere); Scott, Fleming, Quinn (Grosso) e Sinclair; Prince (Rose [Huitema]) e Beckie (Leon). Técnica: Bev Priestman.

BRASIL - Barbara; Bruna Benites, Erika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Angelina), Andressinha, Marta e Duda (Andressa Alves); Debinha e Bia Zaneratto (Ludmila). Técnica: Pia Sundhage.

ÁRBITRA - Stephanie Frappart (França)

CARTÕES AMARELOS - Duda, Lawrence, Riviere

LOCAL - Estádio de Miyagi, no Japão.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 15 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 7 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 16 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 15 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 13 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 13 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 16 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

esporte Indefinição Há 16 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama Documentário Há 8 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 16 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento