Homens e mulheres podem agora orar juntos no Muro das Lamentações

A decisão foi aprovada, apesar da oposição dos membros dos partidos ultra ortodoxos Shas e Judaísmo Unido da Torá, além dos ministros do conservador Likud, Ze'ev Elkin, e do Lar Judaico, Uri Ariel, informou a imprensa local

© Reuters

Mundo Profissão 31/01/16 POR Notícias Ao Minuto

O governo israelense aprovou neste domingo (31) uma histórica iniciativa para que homens e mulheres possam rezar juntos no Muro das Lamentações, uma medida que grupos progressistas judeus defendiam havia duas décadas. A decisão foi aprovada, apesar da oposição dos membros dos partidos ultra ortodoxos Shas e Judaísmo Unido da Torá, além dos ministros do conservador Likud, Ze'ev Elkin, e do Lar Judaico, Uri Ariel, informou a imprensa local.

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A iniciativa estabelece a abertura de uma nova esplanada de rezas na frente do Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado do judaísmo, de modo que homens e mulheres possam rezar juntos como costuma acontecer nas sinagogas de conservadoras e reformistas do judaísmo. Até agora, o Muro era controlado pela corrente ultra ortodoxa, de modo que as rezas eram feitas separadamente em duas esplanadas divididas por uma pequena cerca.

O jornal "Yedioth Ahronoth", o de maior tiragem no país, qualificou a decisão de "histórica" pelo valor que representa o reconhecimento do direito de grupos progressistas a rezar nesse lugar sagrado de acordo com seus ritos.

Segundo a agência “F”, o executivo israelense destinará mais de US$ 10 milhões ao plano de criação de um novo lugar de culto no trecho sul do Muro, que há 2 mil anos servia de contenção à esplanada do bíblico templo de Jerusalém. Hoje, nesse lugar há um parque arqueológico, que ficará sob a nova esplanada, de acordo com o projeto.

Outro dos aspectos cruciais da resolução é que, ao contrário da situação atual, a ortodoxia não terá a custódia da nova esplanada, rompendo com o monopólio que esta corrente tinha do lugar. O novo local de rezas, a poucos metros dos outros dois ortodoxos, será administrado por uma comissão mista com representantes das correntes conservadora e progressista, delegados do governo, das Mulheres do Muro e da Agência Judaica, o órgão que administra as relações com os judeus da diáspora

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