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Os organizadores dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 devem decidir nesta segunda-feira sobre a presença de torcedores mirins nas disputas que começam nesta terça e se estendem até o dia 5 de setembro na capital japonesa. Embora tenha sido anunciado que a Paralimpíada não contaria com a presença de público, a exemplo do que ocorreu nos Jogos Olímpicos, os lugares das arenas esportivas podem ser preenchidos por crianças das escolas públicas da cidade.
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A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, busca autorização para que os estudantes participem do evento, desde que os pais e as escolas apoiem a decisão. Cerca de 140 mil crianças em idade escolar teriam permissão para assistir as provas. O Japão se esforçou para usar a Paralimpíada como instrumento para discutir a aceitação de inclusão na sociedade, ainda um assunto difícil para os japoneses.
A proposta não é tão simples de ser aceita. O Japão intensifica a sua batalha contra a covid-19. O país registra números altos de pessoas contaminadas. Não à toa, vive um momento de emergência em Tóquio e em outras regiões do país. Em Tóquio, foram relatados 4.392 novos casos somente ontem, após dias consecutivos com mais de 5 mil casos diários. Apesar disso, o Comitê Organizador apoia o plano de inclusão dos alunos como público da competição.
"Esta geração é aquela que sustentará nossa sociedade no futuro. Por isso, estamos absolutamente entusiasmados em oferecer esta oportunidade", disse Masa Takaya, um dos representantes do comitê.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, faz algumas ressalvas em relação ao projeto. "Apoiamos porque acreditamos que é um elemento importante do legado ao trazer crianças da escola para os Jogos. Mas é imperativo que essas crianças venham de maneira segura", disse. Os hospitais estão perto de lotação máxima para pacientes da covid-19.