Aprovação definitiva da Pfizer deve impulsionar exigência de vacinação nos EUA

O anúncio da agência reguladora de medicamentos nos EUA foi feito nesta segunda (23)

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Mundo EUA 25/08/21 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A aprovação definitiva pela FDA para aplicação da vacina da Pfizer em maiores de 16 anos deve impulsionar a exigência de imunização contra a Covid para funcionários de hospitais, universidades, empresas e outras organizações. O anúncio da agência reguladora de medicamentos nos EUA foi feito nesta segunda (23).

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O Pentágono, por exemplo, anunciou que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, irá enviar diretrizes a 1,4 milhão de militares na ativa com ordens para que se vacinem. Ainda não há mais detalhes sobre a determinação.

Após a decisão, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, também divulgou que a cidade vai exigir a imunização de seus 148 mil professores e funcionários de escolas públicas, o maior distrito educacional dos EUA. Eles deverão ter recebido ao menos uma dose até 27 de setembro -o ano letivo começa no dia 13 de setembro.

Com o anúncio, os funcionários do Departamento de Educação não terão mais a opção de realizar testes semanalmente -determinação de julho exigia dos 340 mil servidores esses exames ou a vacinação. "Queremos que as escolas sejam extraordinariamente seguras ao longo de todo o ano", afirmou de Blasio.

Já no estado de Nova York, a aprovação da FDA faz com que entre em vigor a obrigatoriedade de imunização dos alunos que frequentem presencialmente as aulas na Universidade do Estado de Nova York, em Albany, e na Universidade da Cidade de Nova York -as duas somam 875 mil alunos na graduação.

Entre as empresas privadas, a decisão impacta diretamente os funcionários da United Airlines. No início do mês, a companhia aérea havia anunciado que seus funcionários precisariam apresentar comprovante de imunização em até cinco semanas após a aprovação definitiva da agência reguladora ou até 25 de outubro, o que acontecesse primeiro.

Como forma de incentivo, a empresa estabeleceu um bônus de um dia de salário àqueles que apresentarem o comprovante até 20 de setembro, exceto pilotos e comissários de bordo, que já receberam benefício negociado pelo sindicato da categoria.

Antes mesmo da aprovação definitiva, no entanto, outras empresas já haviam anunciado a obrigatoriedade da vacinação, como Google e Disney. A expectativa agora, tanto de autoridades de saúde quanto do presidente Joe Biden, é que mais empresas e governos locais passem a exigir a imunização de seus funcionários e que a aprovação definitiva encoraje os 85 milhões que podem se vacinar a buscar a injeção.

"Façam o que eu fiz no mês passado. Exijam que seus funcionários se vacinem ou enfrentem restrições duras", disse Biden, em referência a testagem frequente, durante pronunciamento nesta segunda.

No fim de julho, o democrata anunciou a vacinação obrigatória dos servidores federais –quem optasse por não receber o imunizante deveria usar máscara, manter distanciamento e fazer testes duas vezes por semana. Os EUA possuem 3,7 milhões de servidores civis públicos federais e contratados terceirizados, segundo a agência de notícias Reuters.

O país enfrenta uma queda no ritmo de vacinação, enquanto vê acelerar a propagação da variante delta, identificada inicialmente na Índia. A média móvel de casos saltou de 11,8 mil no início de julho para 147,3 mil neste domingo (22), e a de mortes, de 218 para 1.000 -a delta representa 98,2% das amostras analisadas, segundo a plataforma Our World in Data.

Com 73% dos americanos com mais de 18 anos que receberam ao menos uma dose da vacina e 62,4% completamente imunizados, o desafio tem sido convencer os hesitantes. Segundo levantamento do Instituto Gallup divulgado no início de agosto, 8% dos adultos ainda pretendem se imunizar, e 5% não se vacinariam, mas poderiam mudar de ideia. A fatia dos que não voltariam atrás na decisão, por outro lado, foi de 18% -número que chegou a 49% em setembro do ano passado.

A organização ouviu 3.475 adultos entre 19 e 26 de julho, e a pesquisa tem margem de erro de dois pontos.

Para a comissária da FDA, Janet Woodcock, essa aprovação definitiva pode ser o impulso que faltava. A decisão, no entanto, não inclui o uso das vacinas em crianças de 12 a 15 anos, cujo uso continua como emergencial, enquanto a Pfizer reúne os dados necessários para pedir a autorização permanente.

O número crescente de crianças infectadas com coronavírus tem preocupado os pais americanos, na iminência da volta às aulas. Em seu pronunciamento, Biden tentou tranquilizá-los, afirmando que casos graves entre crianças ainda são muito raros.

A decisão da FDA ainda estendeu a validade da vacina, de seis para nove meses, e confirmou possíveis efeitos colaterais -aumento de inflamação cardíaca, especialmente entre homens jovens na semana após a segunda dose. Também fica permitida a comercialização do imunizante, sob o nome de Comirnaty. A Pfizer, no entanto, afirmou que apenas o governo federal continuará a distribuir as doses nos EUA.

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