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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Instituto Butantan vai iniciar a aplicação de uma terceira dose em idosos com mais de 60 anos na cidade de Serrana, no interior de SP, na próxima segunda-feira (6).
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A dose de reforço para essa população ocorre antes que os dados do estudo de efetividade da Coronavac, conduzido pelo instituto entre os meses de fevereiro e maio na cidade, tenham sido publicados.
Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, cerca de 5.000 pessoas acima de 60 anos receberão a Coronavac em Serrana. As doses serão doadas pelo próprio instituto, que irá providenciar a vacinação junto com a prefeitura da cidade nas próximas semanas.
A decisão foi tomada pelo Butantan e pela Secretaria Estadual de Saúde para acelerar a aplicação no município, de acordo com Gustavo Volpi, coordenador da etapa sorológica do estudo em Serrana, denominado Projeto S.
"O objetivo é seguir a diretriz do estado, em um passo mais acelerado, mas não houve nenhuma mudança nos dados referentes à cidade que possa indicar uma necessidade [de dose reforço]", afirmou.
Diversos estudos apontam para uma redução da taxa de anticorpos decorridos de seis a oito meses após a aplicação das vacinas. Isto não significa que elas deixem de funcionar, mas uma dose de reforço pode ajudar o organismo a gerar mais resposta protetora.
O Projeto S foi desenhado para avaliar em um intervalo relativamente curto o efeito da vacinação em massa em todos os adultos de uma cidade para controle da pandemia. O estudo dividiu a população de Serrana em quatro grupos, segundo os bairros da cidade, e cada um deles recebeu a vacina com uma semana de diferença."
No dia 31 de maio, o Butantan divulgou os resultados preliminares do projeto: com 95,7% da população acima de 18 anos vacinada, houve uma redução de 95% de mortes, 86% de internações e 80% de casos sintomáticos por Covid.
Apesar de os resultados serem positivos, eles foram apresentados exclusivamente nessa data, com informações já prontas, sem a possibilidade de análise dos dados brutos. Volpi afirma ainda que acabou de ser completado o primeiro período de acompanhamento de três meses dos dados de Serrana e que uma versão do artigo já está sendo desenvolvida pelos autores do estudo. A expectativa é que a publicação seja nos próximos meses.