© Roque de Sá / Agência Senado
A advogada de médicos que trabalharam na Prevent Senior, Bruna Morato, afirmou à CPI da Covid que pacientes idosos da operadora de saúde não eram alertados de forma detalhada sobre os riscos do uso de medicamentos do chamado "kit covid" e que, portanto, mesmo assinando o consentimento, não sabiam que seriam "feitos de cobaia".
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"O paciente idoso é extremamente vulnerável. Na consulta por telemedicina, médico falava que tinha tratamento bom. Se quiser participar desse tratamento precisava dar ok, eles falavam ok, mas eles são parte de população vulnerável, eles não sabiam que iam ser feitos de cobaia", disse Morato.
Segundo ela, os pacientes eram orientados a tomar o "kit covid" no segundo dia de sintomas, o que era chamado de "golden day". "Tinham que tomar o kit e supostamente estariam salvas de qualquer complicação", relatou a advogada.
Conjunto de provas
Após ser confrontada pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), Bruna Morato afirmou que não estaria depondo à CPI da Covid se não houvesse um conjunto de provas que corroboram os relatos de seus clientes.
"Se o senhor desconhece as prerrogativas, eu sinto muito, essa deselegância que o senhor tem ou outros tem na tentativa de desqualificar a denúncia só mostra que não tem qualquer condição técnica para tentar contestar os fatos", disse ela após Marcos Rogério questionar sobre a condição em que Morato estaria depondo à CPI, se como testemunha ou advogada.
"O senhor desconhece as prerrogativas, estou aqui porque tenho direito de estar aqui, para defender os interesses do meus clientes. Se o senhor desconhece a função social do advogado, o senhor não deveria estar aqui me inquirindo", rebateu a advogada.