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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo Jair Bolsonaro foi informado em agosto deste ano sobre o risco de incêndio e desabamento da estrutura e a necessidade de "isolamento imediato" da sede do Centro Técnico Audiovisual (CTAV) -mas, até agora, nada foi feito. Vinculado à Secretaria do Audiovisual, ele reúne mais de seis mil títulos, fotos e documentos do cinema nacional.
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Um estudo técnico encomendado pelo próprio CTAV sobre problemas estruturais em seu espaço, no Rio de Janeiro, foi enviado ao Ministério do Turismo, que precisa liberar as verbas.
O laudo aponta como aspectos preocupantes o "desaprumo de telhas na fachada frontal" da sede "podendo cair a qualquer momento", e a precariedade das instalações elétricas. O documento cita ainda o risco de incêndio por causa de possível curto-circuito e por materiais inflamáveis depositados no espaço. E ressalta que a unidade "não conta com sistema de incêndio".
Servidores temem que aconteça com a sede do CTAV o mesmo que ocorreu com outros órgãos federais da Cultura. Eles citam a interdição por tempo indeterminado do prédio que abrigava o Centro de Documentação e Pesquisa da Funarte, no Rio, devido às suas condições físicas, e o incêndio que atingiu depósito da Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Criado em 1985, o CTAV promove o desenvolvimento do setor no Brasil. Faz também empréstimos de cópias de filmes, equipamentos e estúdios. O Ministério do Turismo e a Secretaria da Cultura não responderam se há previsão para as reformas.