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SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Seis pessoas foram assassinadas e outras 12, feridas por um grupo armado em uma festa do tipo "paredão", no início da madrugada desta quarta-feira (13) em Salvador. Dois dos feridos que haviam sido levados a unidades de saúde foram depois presos pela polícia.
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Segundo informações da Polícia Militar, testemunhas relataram que os criminosos chegaram, atiraram aleatoriamente e fugiram. O caso ocorreu em rua no bairro Uruguai, na periferia da capital baiana.
A polícia ainda busca pistas sobre a autoria e a motivação dos crimes. Uma disputa por som alto -as festas nesses moldes são justamente caracterizadas pelo uso de muitos alto-falantes, dispostos como um "paredão"- pode ser uma das razões, de acordo com a delegada Andréa Ribeiro.
Os mortos foram identificados como Deivison da Conceição Santos Santana, Alexsandro dos Santos Seixas, Adriane Oliveira Santos, Jailton Sales dos Santos e Terezinha Sales dos Santos. A sexta vítima está sem identificação formal.
Conforme a PM, em nota, policiais que faziam uma ronda pelo bairro foram alertados por moradores de que havia vítimas de disparos de armas de fogos na rua 8 de Dezembro, na localidade conhecida como Pistão.
Quando policiais chegaram, encontraram dois homens no chão, um deles já morto. De 16 feridos que já haviam sido levados a UPAs (unidades de pronto-atendimento) e hospitais, cinco morreram.
Os crimes estão sendo investigados pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). "A princípio, a informação que nos chegou é que teria havido uma discussão que resultou numa troca de tiros", disse a delegada. "Algumas das vítimas podem também ter sido autoras de alguns dos disparos."
Após o episódio, em redes sociais, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou a proibição das festas "paredão" no estado, se não houver comunicação prévia às prefeituras e à Polícia Militar, sob pena de apreensão dos equipamentos de som e dos responsáveis.
"Não é possível a gente ficar passível a realização de festas clandestinas, que fecham ruas, incomodam vizinhos e até intimidam parte da população que mora nesses locais, como crianças, idosos e doentes, que ficam com medo de reclamar", disse o governador.
"Não permitiremos mais a realização. Festa popular é bem-vinda, mas tem que ser previamente comunicada, para que as medidas de segurança sejam adotadas. Minha orientação é, no momento que tiver se instalando, apreender o equipamento e os responsáveis, levar para fazer registro e só devolver depois das medidas legais."