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O diretor de Política Monetária ainda reforçou que o BC segue mirando a meta de inflação de 2022, embora o mercado financeiro pareça cada vez mais descrente do cumprimento desse objetivo. "Nós ainda estamos perseguindo o centro da meta de 2022."
Ontem, o Boletim Focus mostrou que a mediana para o IPCA, o índice oficial de inflação, de 2022 aumentou pela 16ª vez consecutiva, de 4,55% para 4,63%, mais perto do teto (5%) do que do centro (3,50%) da meta. O Copom, por sua vez, projeta 4,10% no cenário básico, conforme a estimativa informada no encontro de outubro.
TETO DE GASTOS
Quanto às discussões fiscais sobre a ampliação do Bolsa Família, Serra disse que o mercado questiona "a estabilidade do arcabouço do teto de gastos que funcionou muito bem desde 2016". O diretor acrescentou, segundo a entrevista, que um aumento de gasto não pode ocorrer sem a redução de outras despesas.
Sobre o cenário externo, conforme a entrevista ao Nikkei Asia, Serra disse que o início da normalização monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) já era esperado e que os participantes do mercado se prepararam "muito bem". Depois de injetar cerca de US$ 4,3 trilhões na economia na pandemia, o Fed confirmou, na quarta-feira passada, que começará a fechar as torneiras.
O diretor do BC afirmou que é "razoável esperar" que a primeira alta de juros nos Estados Unidos ocorra no segundo semestre de 2022. Serra também considerou que países emergentes, incluindo o Brasil, não devem sofrer grande impacto quando o Fed iniciar a alta de juros norte-americanos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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