Inflação de dois dígitos limita promoções e 'amorna' a Black Friday

O primeiro é mostrar ao consumidor que os preços serão menores do que os de um passado recente. O outro é fazer a oferta caber no bolso do brasileiro, cuja renda está corroída

© Nacho Doce / Reuters - imagem de arquivo

Economia Black Friday 12/11/21 POR Estadao Conteudo

Em meio à disparada da inflação, que em 12 meses chega a 10,67%, a Black Friday (última sexta-feira de novembro) terá dois grandes desafios este ano. O primeiro é mostrar ao consumidor que os preços serão menores do que os de um passado recente. O outro é fazer a oferta caber no bolso do brasileiro, cuja renda está corroída.

PUB

"O consumidor perdeu a referência de comparação de preços por causa da inflação elevada", diz o diretor de Varejo da consultoria GFK, Fernando Baialuna. A Black Friday supera o Natal na comercialização de eletroeletrônicos desde 2014 e já responde por um quinto dos negócios anuais desses itens, em valor. Este ano será mais desafiador.

Por causa da pressão de custos em razão da escassez de matérias-primas e alta do câmbio, desde o início da pandemia houve um reajuste médio de 30% nos preços dos eletroeletrônicos ao consumidor. "O produto que custava R$ 100 dois anos atrás agora sai por R$ 130 e, com o desconto da Black Friday, vai para R$ 110", compara. Isso quer dizer que, mesmo com o desconto, em muitos casos, o preço será superior ao pré-pandemia.

ESFORÇO EXTRA

Diante da dificuldade de cortar preços, as varejistas estão promovendo a forma de pagamento para tornar a compra mais compatível com a renda. A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, já está parcelando em até 30 vezes no cartão próprio as compras da Black Friday.

A Lojas Cem é outra grande rede varejista que pretende ampliar a quantidade de parcelas sem juros para tentar encaixar a prestação no orçamento do consumidor. "O consumidor está sem dinheiro: o custo de vida com produtos básicos, como combustível, comida, subiu muito e sobram menos recursos para a compra de outros itens", diz o supervisor-geral da rede, José Domingos Alves. A expectativa é de uma Black Friday "morna". "Vamos vender um pouquinho mais em valor em relação à Black Friday do ano passado, mas a quantidade de produtos será menor."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Bolsonaro Há 22 Horas

'Vamos partir pra guerra': golpistas pediam 'orientação' a general próximo de Bolsonaro

fama Problemas de Saúde 21/11/24

Ator da Globo que pediu Pix é novamente internado

politica BOLSONARO-PF Há 14 Horas

PF indicia Bolsonaro e mais 36 em investigação de trama golpista

fama Gisele Bündchen Há 23 Horas

Grávida e radiante, Gisele Bündchen exibe barriguinha ao ir à academia

lifestyle Saúde Há 23 Horas

Quatro sinais de que você está consumindo açúcar em excesso diariamente

esporte Indefinição Há 15 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

justica São Paulo Há 22 Horas

'Quem vai devolver meu filho?', lamenta pai de universitário morto em abordagem da PM

fama Ellen DeGeneres Há 18 Horas

De saída: Ellen DeGeneres e mulher abandonam os EUA

fama ED-MOTTA Há 20 Horas

Ed Motta pede desculpas após demitir integrante de sua equipe em show

brasil Brasil Há 16 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo