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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Mercedes protocolou nesta terça-feira (16) na FIA "direito de revisão" do incidente envolvendo Max Verstappen e Lewis Hamilton na 48ª volta do GP São Paulo de Fórmula 1, realizado no domingo (14).
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É o momento em que os dois duelistas pelo título foram para a área de escape da Curva do Lago, no fim da Reta Oposta.
Segundo colocado desde a 19ª volta do GP, Hamilton vinha pressionando Verstappen, reduzindo a desvantagem volta a volta. Na 48ª, encostou definitivamente e tentou pela primeira vez a ultrapassagem pela liderança, colocando a Mercedes à direita da Red Bull.
O holandês não aliviou, eles quase bateram, foram para a área de escape, e as posições ficaram inalteradas. Hamilton reclamou pelo rádio, a FIA abriu investigação, Mercedes e Red Bull apresentaram seus argumentos.
Minutos depois, os comissários decidiram que nenhuma ação seria tomada.
Levou 11 voltas até que Hamilton tentasse novamente uma ultrapassagem, desta vez bem-sucedida, exatamente no mesmo ponto do circuito.
A história teria terminado aí. Mas um vídeo divulgado nesta terça-feira pela FIA, e que está reproduzido abaixo, mudou muitas opiniões e provocou a ira da equipe alemã.
As imagens mostram Verstappen olhando no retrovisor enquanto percorre a Reta Oposta. Mesmo assim, mantém o volante em linha reta. Quando esterça, vai no limite da parte de fora da curva -tanto que também perde a tangência.
Em um comunicado nas redes, a Mercedes invocou "novas evidências" para pedir uma revisão do caso com base no Código Esportivo Internacional da FIA.
No momento em que analisaram o incidente na corrida, os comissários só tinham à disposição as imagens que foram para a transmissão. No caso, da câmera onboard na traseira da Red Bull.
"Não tivemos acesso a essas imagens. Vamos dar uma olhada assim que as recebermos", disse o diretor de corridas da FIA, Michael Masi, ainda no Brasil.
O objetivo final da Mercedes é tirar o segundo lugar de Verstappen no GP. Se o holandês tiver 10 segundos adicionados ao seu tempo final de prova, por exemplo, cairá para terceiro lugar.
Hoje a vantagem de Verstappen sobre Hamilton é de 14 pontos. No cenário acima, cairia para 11.
O artigo 14.1.1 do Código Esportivo Internacional estabelece que o caso deve ser analisado pelos mesmos comissários que atuaram em Interlagos. Entre eles, um brasileiro, o ex-piloto Roberto Moreno. A FIA ainda não informou se vai reabrir a investigação.