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Diante de uma inflação que não para de subir e pode ficar fora da meta por dois anos seguidos, os analistas do mercado financeiro voltaram a aumentar a projeção para a taxa Selic no fim do ciclo de aperto monetário, conforme o Sistema de Expectativas de Mercado, coletado pelo Banco Central.
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A mediana da pesquisa aponta para o término do ciclo em março, em 11,50%, de 11,25% há uma semana. A alta final seria de 0,75 ponto porcentual, depois de dois aumentos de 1,50 ponto porcentual, para 9,25% em dezembro e 10,75% em fevereiro - ante 10,50% na semana anterior.
Os analistas, porém, esperam redução da taxa em outubro do ano que vem, terminando 2022 em 11,25%, de 11,00% há uma semana.
No Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, a estimativa para o IPCA, o índice de inflação oficial, de 2021 alcançou dois dígitos (10,12%) após 33 semanas de elevação consecutiva, ou mais de 7 meses, desde abril. A última vez que o IPCA anual superou 10% foi em 2015 (10,67%).
Para 2022, alvo da política monetária, o IPCA também continuou subindo, de 4,79% para 4,96%, na cola do teto da meta do ano que vem (5,00%), sinalizando alto risco de rompimento da meta pelo segundo ano consecutivo.
Considerando somente as projeções atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana já se situa na banda superior do objetivo a ser perseguido pelo BC, de 5,00%.