CPI da Covid: Gilmar vota por trancar inquéritos da PF sobre vazamentos

O caso começou a ser discutido pelo STF em julgamento também no plenário virtual no dia 22 de outubro

© Reuters

Política CPI da Covid-19 26/11/21 POR Estadao Conteudo

Em julgamento retomado no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, 26, o ministro Gilmar Mendes votou pelo trancamento dos inquéritos abertos pela Polícia Federal para investigar o vazamento de documentos sigilos obtidos pela CPI da Covid no Senado Federal. O decano divergiu do relator do caso, ministro Edson Fachin, que havia se manifestado por negar habeas corpus impetrado pelos senadores Omar Aziz (PSC-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente, vice e relator da comissão parlamentar, respectivamente.

PUB

O caso começou a ser discutido pelo STF em julgamento também no plenário virtual no dia 22 de outubro. Na ocasião, o ministro Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo para análise), suspendendo o julgamento. Com a retomada da análise do caso, os ministros terão até o dia 3 de dezembro, próxima sexta-feira, para depositar os votos no plenário virtual.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, havia se manifestado por negar o pedido de trancamento do inquérito por não ver 'flagrante hipótese de constrangimento ilegal'. O ministro levou em consideração informações prestadas pela Polícia Federal no sentido que os investigadores aguardavam a decisão do STF no âmbito do habeas corpus em questão para 'para expedir ofício em para autorização para instauração de procedimento investigativo'.

Já Gilmar considerou que há 'manifesta ilegalidade' na abertura da investigação, com 'usurpação da competência' do Supremo Tribunal Federal para julgamento de autoridades com foro por prerrogativa de função. "Tal expediente é manifestamente ilegal ao passo que a autoridade policial não possui poder de abrir investigação de ofício contra autoridades detentoras de foro e tampouco requerer a abertura ao STF, iniciativa que cabe à PGR", ponderou.

Na avaliação do ministro, a PF reconheceu 'que houve o início de atos investigativos sem que os elementos tenham sido remetidos para a Procuradoria-Geral da República, autoridade com iniciativa para requerer ao Supremo Tribunal Federal eventual abertura de investigação'.

O voto do decano está em linha com a manifestação do procurador-geral da República Augsuto Aras sobre o caso. Em agosto, o chefe do Ministério Público Federal defendeu o trancamento das investigações sob o argumento de que a apuração pode atingir autoridades com foro privilegiado e, nesse caso, a prerrogativa para pedir a instauração do inquérito é exclusiva da PGR.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Corte de gastos Há 21 Horas

Haddad anuncia isenção de IR para renda até R$ 5 mil e corte de gastos

mundo EUA Há 10 Horas

Homem dado como morto e cremado pela família é encontrado vivo nos EUA

fama VIIH-TUBE Há 18 Horas

Ravi, filho de Viih Tube e Eliezer, é internado em São Paulo

fama Canadá Há 19 Horas

Ator Julien Arnold morre no palco durante apresentação no Canadá

fama Revelação Há 10 Horas

Gracyanne Barbosa revela verdadeiro motivo para fim do casamento com Belo

politica JAIR-BOLSONARO Há 12 Horas

Bolsonaro considera pedir refúgio em embaixada caso seja condenado

mundo Índia Há 19 Horas

Indicação errada do Google Maps termina em tragédia na Índia

mundo Viagem Há 20 Horas

Mensagem em garrafa lançada há 16 anos no Brasil é achada na Austrália

mundo Tragédia Há 20 Horas

Adolescente de 17 anos é morta por porcos em fazenda na Rússia

brasil SUZANE-RICHTHOFEN Há 18 Horas

Suzane von Richthofen é eliminada de concurso público com salário superior a R$ 6 mil