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O papa Francisco e o patriarca ortodoxo russo Kiril se encontram, nesta sexta-feira (12), na sala presidencial do aeroporto de Havana e deram um abraço. Esse é o primeiro encontro dos líderes das duas Igrejas após o cisma de 1054.
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Francisco vinha de Roma, com destino à Cidade do México, e fez escala na ilha caribenha para se encontrar com Kiril, que está em Cuba no âmbito de uma visita à América Latina. "Foi um encontro muito desejado tanto por mim como pelo meu irmão Cirilo (Kiril)", disse o papa aos jornalistas que o acompanham no voo que o levará à capital mexicana.
Sentados em cadeiras brancas e com os intérpretes ao lado, os dois líderes religiosos começaram a conversar perante os fotógrafos e as câmaras, ao início sem a ajuda de tradução. Depois, a imprensa abandonou a sala e a reunião privada começou às 14h30 locais (17h30 horário de Brasília). Após a reunião, eles assinam uma declaração conjunta em russo e italiano e realizam os respetivos discursos, passando-se em seguida à cerimônia de troca de presentes e de apresentação das delegações.
À chegada a Havana, o papa foi recebido pelo Presidente cubano, Raúl Castro, aos pés da escada do avião que o levará depois ao México. Estiveram também presentes o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e o prelado metropolitano Hilarion, encarregado das relações externas e do diálogo com os católicos do patriarcado, cargo que Kiril ocupou antes de ser eleito chefe da Igreja Ortodoxa Russa.