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Para tentar entender o nosso planeta, uma dupla de cientistas elaborou um método para categorizar e catalogar os mais de cinco mil tipos de rochas conhecidos na Terra. Eles levam em consideração as condições para sua formação, composição, dificuldade de serem achados e durabilidade e demonstraram que quase metade das espécies minerais terrestes, 2.550, é tão rara que pode ser encontrada somente em cinco ou menos lugares. Algumas delas acumulam um volume total global menos que um cubo de açúcar, segundo O Globo.
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Robert Hazen, do Instituto Carnegie, e Jesse Ausubel, da Universidade Rockefeller, ambos nos EUA, apresentaram a catalogação chamada “Sobre a natureza e significado da raridade na mineralogia”. Ela foi publicada ontem no periódico científico “American Mineralogist”. “Diamantes, rubis, esmeraldas e outras gemas preciosas são encontradas em numerosas localidades e vendidas em quantidades comerciais, não são raras no sentido usado nesta contribuição”, disseram. “O uso da palavra ‘raro' no contexto de ‘terras raras' ou ‘metais raros' é similarmente enganador, já que muitos milhares de toneladas dessas commodities são produzidas anualmente” afirmaram os cientistas.
Uma pedra realmente rara seria a “ichnusaita”, que é formada nas profundezas da Terra pela mistura do elemento radioativo tório com o metal molibdénio (propriedades que parecem com o chumbo). Um único exemplar foi achado até hoje, alguns anos atrás na Sardenha, Ilha Italiana.
Os cientistas ainda afirmam que existem minerais tão “efémeros”, que se formam em situações tão incomuns, que simplesmente derretem, evaporam ou se desidratam quando submetidos a condições normais do nosso planeta. Estes recebem o apelido de “minerais vampiros”, e são, por exemplo, a “edoylerita”, a “metasideronatrita” e a “sideronatrita”, elas se decompõem quando expostas à luz do sol. “Vivemos em um planeta com uma notável diversidade mineralógica, com incontáveis variações de cor e forma, ricos nichos geoquímicos e cativantes complexidades estruturais. Espécies raras nos fornecem uma clara e atrativa janela para sua evolução”, concluem os cientistas.