Doria aguarda rumo da futura sigla e busca aliança com MDB e Cidadania

A menos de três meses da data-limite para deixar o cargo e se dedicar exclusivamente à eleição, Doria tenta se aproximar dos partidos usando sua própria sucessão como ponta pé para a negociação nacional

© Getty

Política PSDB 15/01/22 POR Estadao Conteudo

O futuro União Brasil é peça fundamental para o arco de alianças projetado pelo presidenciável do PSDB, João Doria. O governador paulista trabalha para apresentar ao eleitor uma chapa formada também por MDB e Cidadania. Com os quatro ou cindo partidos reunidos - a fusão entre DEM e PSL precisa ser oficializada -, Doria ganharia capilaridade nos Estados, recursos para a campanha, tempo de rádio e TV e ainda isolaria seu principal adversário no centro expandido, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos).

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A menos de três meses da data-limite para deixar o cargo e se dedicar exclusivamente à eleição, Doria tenta se aproximar dos partidos usando sua própria sucessão como ponta pé para a negociação nacional. Com o União Brasil, a estratégia deu certo e o apoio da futura sigla à reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo - ele assumirá o governo em abril - já foi anunciado.

Filiado ao DEM por 27 anos, o vice-governador é figura central na tarefa de atrair seus antigos correligionários para a campanha de Doria. Em dezembro, durante o jantar que selou a aliança para o governo paulista, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, reconheceu disponibilidade para conversar com os tucanos, mas ressaltou que dará o mesmo tratamento aos demais pré-candidatos, como Moro e a senadora Simone Tebet (MDB).

A parlamentar é outra peça importante no xadrez de Doria. Sempre elogiada pelo governador, ela é apontada por aliados do tucano como um nome a compor a chapa e, quem sabe, ajudar a afastar o MDB do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No Nordeste, especialmente, há uma ala disposta a pedir votos para o petista na eleição deste ano.

Federação

Já com o Cidadania, há a possibilidade de os partidos se reunirem em uma federação - modelo no qual as siglas mantêm sua autonomia, mas seguem juntas nas eleições e também depois delas, por um período mínimo de quatro anos.

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire diz que a executiva tratará do tema em reunião no dia 19. "Temos algumas alternativas as serem avaliadas, inclusive conversas com outros partidos, como o Podemos. Mas acredito que hoje a ala que apoia a federação com o PSDB seja majoritária."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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