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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A decisão do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) de revelar na próxima sexta-feira (28) quanto recebeu da consultoria Alvarez & Marsal, anunciada por ele em suas redes sociais, foi recebida com críticas por parte de seus opositores.
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"Se o consultor jurídico e de negócios Sergio Moro fosse julgado pelo juiz Sergio Moro, assistiríamos a ações midiáticas de busca e apreensão e a medidas apressadas de prisão preventiva e de bloqueio de bens", diz Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, que reúne advogados e profissionais do Direito.
O elo de Moro com a consultoria americana é objeto de um processo aberto no TCU (Tribunal de Contas da União), que vê possível conflito de interesses no contrato.
Entre os clientes da consultoria estão diversas empresas que foram alvo da Lava Jato, entre elas a Odebrecht. Moro afirma que não se envolveu com esses clientes no período em que trabalhou para a empresa.
Na terça-feira (25), a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) entrou com uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo que Moro seja investigado por seu trabalho na consultoria.
"Moro sempre soube que os dados que pretende divulgar viriam à público por decisão judicial. Não foi e nem seria transparente. Apenas se antecipou e quer nos tratar feito idiotas", afirmou Carvalho.