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A Comissão Europeia, instância executiva da União Europeia (UE), reforçou expectativas para a firme recuperação da economia na região a partir do segundo trimestre, após o choque causado pela variante Ômicron do coronavírus, e reiterou que espera arrefecimento das pressões inflacionárias ao longo deste ano.
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Na edição de inverno do relatório de projeções, o órgão cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2022, de 4,3% a 4,0%, mas disse acreditar que o impacto econômico da nova cepa será breve. Por outro lado, a estimativa para expansão econômica em 2023 subiu de 2,4% para 2,7%.
Em relação aos preços, a Comissão elevou a projeção para a inflação no bloco da moeda comum em 2022, de 2,2% a 3,5%, e em 2023, de 1,4% a 1,7%. O movimento é atribuído aos persistentes gargalos nas cadeias produtivas e ao encarecimento da energia.
No caso da União Europeia como um todo, o órgão executivo reduziu a previsão para a alta do PIB em 2022, de 4,3% a 4,0%, mas aumentou a de 2023, de 2,5% a 2,8%. Já a da inflação passou de 2,5% para 3,9% este ano e de 1,6% para 1,9% no próximo.
O Comissão da UE para Economia, Paolo Gentiloni, explica que a economia europeia atravessou uma série de desafios nos últimos meses, em particular a escalada inflacionária e a piora da pandemia.
"Com a expectativa de que esses ventos contrários desapareçam progressivamente, projetamos que o crescimento ganhe velocidade novamente já nesta primavera europeia", ressalta, acrescentando que as pressões inflacionárias devem ficar fortes até o verão local.