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Os filhos do pastor - o deputado federal Paulo Freire Costa (PL-SP), a deputada estadual Marta Costa (PSD) e a vereadora Rute Costa (PSDB) - tiveram acesso a R$ 25 milhões em recursos públicos, no ano passado.
Para o reverendo Valdinei Ferreira, líder da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo, o episódio expõe uma distorção na relação entre igrejas e políticos. "É mais um sinal de apodrecimento das relações entre religião e política. As igrejas devem cobrar políticas públicas e podem ser parceiras do poder público na execução de determinadas ações, mas não entrar na lógica de um despachante", disse Ferreira. Para ele, a intermediação de emendas abre margem para corrupção e enriquecimento de líderes religiosos. "Certamente, a igreja ganha o poder, mas perde a credibilidade."
'Foco'
Nas redes sociais, o pastor Carlito Paes - da Igreja da Cidade, de São José dos Campos (SP) - também criticou o comportamento do religioso. "Pastores e igrejas, acordem, ainda temos tempo de ajustar o foco para o real Evangelho e para igreja, temos tantas oportunidades!", escreveu Paes, que votou em Jair Bolsonaro, em 2018, mas hoje não apoia mais o presidente.
A participação de um pastor na escolha do destino das emendas parlamentares não é vista como crime, segundo procuradores ouvidos pela reportagem. O caso de José Wellington, porém, pode ter consequências graves se uma investigação constatar desvio de recursos públicos.
O líder da bancada evangélica no Congresso, deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), defendeu a prerrogativa de religiosos atenderem suas bases. "Meu pastor nunca me indicou um único município ou instituição para que fosse enviado um real de emenda. Mas isso é uma decisão do parlamentar, de seus líderes e suas bases", disse ele, que é ligado à Assembleia de Deus Vitória em Cristo, liderada por Silas Malafaia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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