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VINICIUS SASSINEBRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Por orientação da Presidência da República, a Secretaria Especial de Cultura cancelou a viagem do secretário Mario Frias e de seus assessores a Rússia, Hungria e Polônia, prevista para os próximos dias.
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Eles integrariam comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, onde está previsto um encontro entre o líder brasileiro e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A previsão é que Bolsonaro e seu entorno embarquem para a Rússia na próxima segunda-feira (14).
O cancelamento da viagem de Frias foi confirmado em nota da Secretaria de Cultura. Partiu da pasta, vinculada ao Ministério do Turismo, a informação de que a orientação do cancelamento veio da Presidência.
A ida de Frias a Nova York em dezembro, para encontrar um lutador de jiu-jítsu, Renzo Gracie, defensor de Bolsonaro, causou mal-estar no governo. O secretário gastou R$ 39 mil dos cofres públicos para voar à cidade norte-americana.
O incômodo no governo fez Frias realizar uma live em um perfil em rede social, na noite deste sábado (12), para tentar explicar a viagem com dinheiro público.
"Estávamos desenvolvendo a IN [instrução normativa relacionada à lei Rouanet], o objetivo [da viagem] foi conversar com o mercado da Broadway, porque é um mercado que se autossustenta", afirmou o secretário.
Frias não citou, na live, o cancelamento da viagem que faria a Rússia, Hungria e Polônia.
"Devido à orientação da Presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo cancelada a viagem para remarcar em outra data", afirmou a secretaria na nota divulgada.
Ainda sobre a viagem a Nova York, que incluiu seu secretário-adjunto Hélio Ferraz de Oliveira, Frias tentou dar uma justificativa durante a live. Fomos com o mínimo, eu e Hélio ficamos no mesmo quarto, num hotel normal, preço normal", afirmou.
"O que me impressiona é que tantos os artistas quanto os jornalistas estavam em coma nos últimos 30 anos. Ministro sendo preso... Agora temos um governo probo, honesto, transparente", disse Frias.
O secretário afirmou que é caseiro e que detesta viajar. "Foi uma excelente viagem e vai gerar excelentes frutos. Se eu quisesse ficar na mamata, ficava na vida que eu tinha. E não pra vir pra cá e ficar levando pedrada."
Em quatro dias de viagem aos EUA, o secretário fez três reuniões. Além do lutador de jiu-jítsu, os dois integrantes do governo Bolsonaro se reuniram com Simone Genatt e Marc Routh, produtores da Broadway, e com Bruno Garcia, dono de empresa de turismo que disse ter cuidado de traslados do secretário na cidade.