© Shutterstock
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15) as operações Brutium e Turfe em cinco estados para combater o tráfico internacional de drogas. No Rio de Janeiro, os agentes já realizaram prisões e apreensões.
PUB
Ao menos 200 policiais saíram às ruas para cumprir 86 mandados judiciais que foram expedidos pela 5ª e 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Membros do MPF (Ministério Público Federal) e auditores fiscais também participam da operação.
Os agentes estão também na Vila Cruzeiro, comunidade da zona norte do Rio que foi alvo de uma operação que deixou oito pessoas mortas na semana passada. A ação foi realizada pela Polícia Militar e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Moradores relataram uma intensa troca de tiros na manha desta terça-feira. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, a Vila Cruzeiro registrou duas horas de tiroteio contínuo.
Na operação Brutium, os agentes cumprem 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
Segundo a PF, as investigações que resultaram nessa operação começaram há dois anos e contaram com a contribuição de países como França, Espanha e Estados Unidos. Segundo os investigadores, membros de uma organização criminosa internacional teriam se unido às duas maiores facções do Brasil para enviar cocaína a países da Europa.
Essa investigação resultou na apreensão de R$ 3,5 milhões e de mais de duas toneladas de cocaína no Brasil, na Europa e na África.
Já no âmbito da operação Turfe, os agentes cumprem 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
As investigações duraram 18 meses e revelaram uma intricada cadeia de produção e distribuição de drogas. Ela começava na aquisição dos entorpecentes na Bolívia e na Colômbia e ia até a exportação para países europeus.
Durante a investigação, foram apreendidas mais de oito toneladas de cocaína no Brasil e na Europa e mais de R$ 11 milhões provenientes do tráfico.
Os trabalhos contaram com a participação da DEA (Drug Enforcement Administration) – agência antidrogas dos EUA – e da Europol, a agência policial da União Europeia.