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Pesquisadores americanos estão trabalhando em uma técnica de edição genética que pode tranformar mosquitos do sexo feminino do Aedes aegypti em machos. Caso os pesquisadores consigam o feito, os mosquitos vão se tornar em machos sugadores de néctar, inofensivos para os seres humanos, segundo O Globo.
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Em artigo publicado nesta terça-feira (16) na revista científica "Trends in Parasitology", Zach Adelman e Zhijian Tu, entomologistas da Universidade Virginia Tech (EUA), apontam a engenharia genética como uma grande aliada para controlar surtos e epidemias. Os desafios e vantagens do método proposto foram abordados pelos especialistas no artigo.
"Estamos num momento divisor de águas, tanto em relação à nossa compreensão sobre o que determina se um mosquito nascerá como macho ou fêmea, bem como em relação à nossa capacidade de modificar permanentemente as populações desses insetos usando técnicas genéticas", disse Zach Adelman a O Globo.
Ano passado, a técnica de edição genética CRISPR surgiu e foi descoberto o primeiro fator que determina o sexo dos mosquitos. Os cientistas agora ponderam sobre o método de mudança dos genes dos mosquitos e se a prática ajudaria a evitar o nascimento de fêmeas do Aedes, prevenindo a propagação de doenças como dengue, zika, chicungunha e febre amarela.
Os cientistas afirmam ainda que aplicar a técnica desenvolvida por eles (CRISPR) nos mosquitos seria o método mais eficiente e barato para evitar surtos e epidemias.