Gene que aumenta risco de sofrer de Covid-19 grave pode prevenir HIV

Estudo revela que a variante genética herdada dos Neandertais que deixa certos indivíduos mais predispostos a experienciarem Covid severa diminui em 27% a probabilidade contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a AIDS.

© Shutterstock

Lifestyle Vírus 23/02/22 POR Notícias ao Minuto Brasil

Uma nova pesquisa realizada por cientistas do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (MPI-EVA), na Alemanha, e do Instituto Karolinska, na Suécia, aponta que a mesma variante genética que aumenta o risco de desenvolver a forma grave de Covid-19 reduz em 27% a probabilidade de contrair o HIV - reporta um artigo publicado pela revista Galileu. 

PUB

No segundo semestre de 2020, Hugo Zeberg, investigador do Instituto Karolinska e do MPI-EVA, e Svante Pääbo, também do MPI-EVA, apuraram que muitas pessoas herdaram o principal fator genético para a Covid-19 dos Neandertais.

Segundo a revista Galileu, no primeiro semestre de 2021, a dupla de investigadores estudou essa variante tendo como base uma amostra de DNA humano antigo e determinou que sua frequência subiu exponencialmente desde a última Era Glacial. A mutação genética em questão tornou-se bastante comum, o que pode ter de alguma forma sido positivo no passado.

"(…) Comecei a questionar se realmente poderia ser bom para algo, como fornecer proteção contra outra doença infeciosa", disse Hugo Zeberg, num comunicado.

Esse fator de risco genético situa-se numa área do cromossomo 3 que apresenta múltiplos genes que codificam receptores do sistema imunológico. Sendo que um desses recetores, o CCR5, é utilizado pelo HIV para infectar os glóbulos brancos.

Zeberg apurou que os indivíduos portadores do fator de risco para a Covid-19 têm menos recetores CCR5. Tal, levou o acadêmico a investigar se essas pessoas estariam igualmente menos predispostas a ficarem infectadas com o vírus da AIDS. 

Ao analisar dados de doentes de três biobancos (FinnGen, UK Biobank e Michigan Genomic Initiative), o investigador determinou que os portadores da variante de risco para o coronavírus SARS-CoV-2 apresentam um risco 27% inferior de contrair o HIV.

"Isso mostra como uma variante genética pode ser uma boa e uma má notícia: más notícias se uma pessoa contrair Covid-19, uma boa notícia porque oferece proteção contra a infecção pelo HIV", ponderou Zeberg. 

Também, e tendo em conta que a AIDS surgiu somente no século XX, o investigador observa: "agora sabemos que essa variante de risco para o SARS-CoV-2 oferece proteção contra o HIV. Mas provavelmente serviu de proteção contra uma outra doença que aumentou a sua frequência após a última Era Glacial". 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica BOLSONARO-JUSTIÇA Há 16 Horas

Bolsonaro terá benefício em prescrição de crimes ao fazer 70 anos em 2025

fama Beto Barbosa Há 17 Horas

Beto Barbosa é criticado por ter se casado com adolescente de 15 anos

fama Uberlândia Há 13 Horas

Influenciadora morre arrastada por enchente em Minas Gerais

lifestyle Aquecimento global Há 19 Horas

Aproveite bem o chocolate: Ele e outros alimentos podem estar com os dias contados

fama Redes Sociais Há 16 Horas

Jojo Todynho vira garota-propaganda da Havan, que ironiza 'cancelamento'

fama Kate Cassidy Há 13 Horas

Namorada se revolta com resgate de Liam Payne: 'Poderia ser salvo'

fama Paris Hilton Há 19 Horas

Paris Hilton diz que nunca se submeteu a procedimentos estéticos

mundo autobiografia Há 18 Horas

Angela Merkel relembra episódio em que Putin soltou cadela numa reunião

fama MARIA-FLOR Há 15 Horas

Todo mundo diz que tenho cara de boazinha, mas sou brava, diz Maria Flor

lifestyle Cuidados com os cabelos Há 20 Horas

Shampoo: Precisa mesmo? Entenda a tendência de não lavar o cabelo