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A Polícia Federal apresentou nesta quarta-feira (17), em Belo Horizonte, os detalhes do cumprimento de um mandado de busca e apreensão de dados em três endereços ligados à Samarco. A operação é parte do inquérito que investiga e apura de responsabilidades do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), que deixou 17 mortos e impactos ambientais profundos na Bacia do Rio Doce em novembro de 2015.
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As sedes da empresa em Mariana (MG) e Anchieta (ES) estiveram entre os alvos operação. O terceiro endereço foi a residência de um engenheiro, em Viçosa (MG). Ele prestava serviço para a mineradora e era responsável por laudos de estabilidade da Barragem do Fundão. Em cada endereço, foi feito o beckup de um disco rígido.
No mês passado, a Polícia Federal já havia indiciado a Samarco, a Vale, a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos por crimes ambientais. Segundo Roger Lima de Moura, delegado responsável pelo inquérito, a Samarco tinha, há pelo menos 7 anos, indicativos de que a barragem não estava saudável. "Também havia problemas no monitoramento, com equipamentos que não estavam funcionando. As causas justificaram o indiciamento", disse. O delegado explicou que o indiciamento da Samarco foi por crime doloso, porque a empresa teria assumido o risco ao utilizar a barragem e ampliar a produção, mesmo sabendo que ela operava em condições inadequadas.
Roger Lima de Moura ressaltou ainda que a operação de hoje foi "pensada" para ser uma "busca cirúrgica", em locais onde havia potencial de reunir informações importantes. O período para análise do material apreendido dependerá do volume dos dados. Os discos devem chegar à Belo Horizonte na quinta-feira (18). Com informações da Agência Brasil.