Acordei com o barulho das bombas, diz brasileiro na Ucrânia

O brasileiro espera deixar a Ucrânia assim que puder e ir para a Letônia, onde morou desde 2013 antes de ir para o país onde está atualmente

© Getty

Mundo UCRÂNIA-BRASILEIROS 25/02/22 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O jogador de futebol brasileiro Rodrigo Albatroz, 29, está há seis meses na Ucrânia e relata ter despertado na madrugada desta quinta-feira (24) com o barulho de explosões registradas na cidade em que estava, Kharkiv, próxima à fronteira com a Rússia.

PUB

Albatroz joga no FC Volchansk e treinou normalmente na noite anterior ao bombardeio. Em seguida, foi comunicado pelo treinador que, diante do estado de emergência decretado pela Ucrânia na tarde desta quarta-feira (23), os campeonatos de futebol seriam suspensos.

A recomendação passada pelo time foi para que Albatroz e os outros cinco brasileiros da equipe deixassem Kharkiv o mais rápido possível. Localizada ao leste da Ucrânia, a cidade é a segunda maior do país e está a cerca de uma hora da Rússia.

"Nós pensamos: 'Ok, vamos sair o mais rápido possível, mas [com] certa tranquilidade'. É uma região que tem conflito há anos, ao leste, mas achávamos difícil de acontecer [um bombardeio] da noite para o dia, tão rapidamente, na nossa cidade, imagina na Ucrânia toda", diz.

"Conversamos [os jogadores] o que tínhamos que conversar, dormimos, e acordei, literalmente, com o barulho da bomba. Fomos para a janela e dava para ver o clarão das bombas. Foram uns dez minutos sem reação, para tentar entender. Saímos da janela e ficamos no corredor, por proteção."

Às 5h13, o brasileiro acordou com as explosões e, às 5h43, partiu para a casa da avó da namorada, com a sogra, todas ucranianas. Em cerca de quatro horas chegaram a Krasnokutsk, cidade mais distante da fronteira com a Rússia, onde ainda está à espera de uma saída segura da Ucrânia.

Albatroz relatou que pela manhã começaram se a formar filas em mercados, farmácias e engarrafamentos ao longo do caminho. Um trajeto que ele faria em duas horas até a casa da avó da namorada foi percorrido no dobro do tempo.

Em contato com a embaixada brasileira, ele ainda não sabe como sairá do país. Segundo Albatroz, o consulado afirmou que em até dois dias promoverá a primeira retirada de brasileiros via Kiev, capital ucraniana que também já foi alvo de ataques.

O problema é que o trajeto para chegar à cidade, que duraria mais de seis horas se não houvesse trânsito, pode ser mais perigoso do que ficar em Krasnokutsk, relata o jogador. Por isso, Albatroz diz que permanecerá no local até receber orientações concretas de como sair.

Na casa da avó da namorada há espaços subterrâneos onde a família poderia se proteger de bombardeios.

O brasileiro espera deixar a Ucrânia assim que puder e ir para a Letônia, onde morou desde 2013 antes de ir para o país onde está atualmente.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Justiça Há 15 Horas

"Há vídeo de sexo de Diddy com outra celebridade influente", diz advogada

fama Luto Há 12 Horas

Jornalista Cid Moreira morre aos 97 anos

politica São Paulo Há 17 Horas

Empresas que atuaram na campanha acusam Marçal de calote

mundo Japão Há 14 Horas

Bomba da II Guerra Mundial explode em aeroporto do Japão

mundo Justiça Há 15 Horas

Jovem famoso no TikTok é preso por assassinar terapeuta

lifestyle Saúde Há 15 Horas

Afinal, leite realmente é inflamatório?

politica Justiça Há 10 Horas

Empresa que acusa Marçal de calote diz que condenada por tráfico assinou contrato

fama Relato 02/10/24

Gretchen surge sem prótese capilar e revela que 'perdeu todo o cabelo'

fama Emergência Médica Há 15 Horas

Zé Neto atualiza estado de saúde e revela alta hospitalar

brasil Tragédia Há 16 Horas

Corpo de mulher desaparecida em naufrágio na Garganta do Diabo é encontrado no mar