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IGOR GIELOW (FOLHAPRESS) - A China não pode fazer com Taiwan o que a Rússia está fazendo com a Ucrânia. Este foi o recado dado pelos líderes do Quad, a aliança entre Estados Unidos, Japão, Índia e Austrália.
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Foi a mais clara associação entre o risco percebido nos Estados Unidos de que Xi Jinping pode repetir ações do aliado Vladimir Putin enquanto as potências ocidentais estão preocupadas com a invasão que bateu às portas de Kiev.
"Nós concordamos que mudanças unilaterais de status quo com uso da força como essa [na Ucrânia] não poderão ser permitidas na região do Indo-Pacífico", disse o premiê japonês, Fumio Kishida, escalado para falar após a reunião virtual com Joe Biden (EUA), Narendra Modi (Índia) e Scott Morrison (Austrália).
Desde o ano passado, a ditadura chinesa tem intensificado as ações militares para testar a eficácia das defesas aéreas de Taiwan, a ilha autônoma e democrática que ela considera sua. A reunificação é pilar do regime de Xi, e a animosidade recente tem feito aumentar a especulação de que Pequim pode ir às vias de fato para tomar a área.
A comparação com a Ucrânia, ainda que imperfeita no seu desenho por serem realidade bastante diferentes, vem também do fato de que antes da invasão Putin e Xi estabeleceram um pacto de cooperação que colocou o russo ao lado do chinês na chamada Guerra Fria 2.0.