© REUTERS/Grigory Dukor
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Vladimir Putin e Emmanuel Macron, presidentes da Rússia e da França, respectivamente, tiveram neste domingo (6) mais uma conversa por telefone. Desta vez, falaram por quase duas horas.
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Macron, que busca assumir protagonismo na diplomacia para interromper a guerra na Ucrânia e, recentemente, confirmou que tentará a reeleição, reforçou a Putin o pedido de cessar-fogo e incluiu entre as demandas um pedido para que Moscou assegure a segurança das instalações nucleares no país do Leste Europeu.
O francês referia-se a um incêndio que atingiu a usina de Zaporíjia, a maior da Europa, na última semana. O local foi tomado por tropas russas.
Putin, por sua vez, acusou soldados ucranianos de terem provocado o incidente, segundo trechos da conversa divulgados pelo Kremlin. A Presidência russa também assegurou que os níveis de radiação no local estão normais.
O presidente francês manifestou ainda preocupação com a retirada de civis da cidade de Mariupol, prevista para acontecer por meio de um corredor humanitário, mas interrompida pela troca de bombardeios. Putin, por sua vez, também culpou autoridades ucranianas de prejudicarem a operação.
O líder russo teria dito, segundo o Palácio do Eliseu, que vai obter seus objetivos no conflito "seja por meio da negociação ou por meio da guerra".
Também foi exposta por Macron a preocupação com a cidade estratégica de Odessa, principal porto ucraniano onde vivem cerca de 1 milhão de pessoas, que está cerca por tropas russas.