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A situação na central nuclear de Chernobyl - onde ocorreu o maior acidente nuclear da história em 1986 - é cada vez mais insustentável e o perigo é iminente.
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Yuri Fomichev, o presidente da Câmara da cidade de Slavutych, que abriga os trabalhadores da central nuclear de Chernobyl, fez um apelo desesperado perante o perigo de "catástrofe" na central nuclear uma vez que os funcionários estão reféns dos soldados russos e trabalham sob ameaça de armas.
Segundo o jornal Daily Mail, que falou com o político, os alimentos e combustível começam a diminuir e os geradores de emergência que fornecem controle de backup para os sistemas de segurança da central estão em risco depois das tropas russas terem tomado Chernobyl há quase três semanas.
Yuri alerta para o estresse mental dos funcionários que trabalham incessantemente para manter as operações. Um funcionário encarregado de uma Zona de Exclusão a 30 quilômetros de Chernobyl contu que os funcionários estavam "no limite das suas capacidades humanas devido à exaustão física e emocional" uma vez que trabalhavam 24 horas por dia para proteger a segurança pública.
A empresa estatal de energia da Ucrânia, Ukrenergo, restaurou a rede energética na área pela terceira vez na noite de segunda-feira, após as forças russas terem danificado uma linha de alta tensão.
Mais de 200 técnicos e guardas estão retidos no local trabalhando sob vigilância russa.
A central nuclear tem vindo a ser desativada desde o acidente de 1986 mas permanecem quantidades significativas de material nuclear em várias instalações do local sob a forma de combustível irradiado e outros resíduos radioativos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que foi condenada pela generalidade da comunidade internacional. Para apoiar a Ucrânia foi enviado armamento e foi efetuado o reforço de sanções econômicas a Moscou.