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Habituando-se ao apoio dos "adeptos" desde que as autoridades liberaram no ano passado o retorno dos torcedores aos estádios, Abel Ferreira se encantou com a festa que os palmeirenses fizeram no Allianz Parque. O português enfatizou que o incentivo da torcida, que lotou a arena palmeirense, foi determinante para o triunfo do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Corinthians no dérbi. Por isso, ele dedicou a vitória aos que estiveram nas arquibancadas.
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"Eu queria dedicar a vitória para os torcedores, todos eles. Todos fomos um. O chiqueiro pegou fogo. Ambiente inacreditável, espetacular", enalteceu o treinador na entrevista coletiva após o clássico da sexta rodada do Campeonato Paulista.
"Senti o apoio desde que subi as escadas e durante o jogo todo. Em certo momento nem o apito do árbitro eu ouvia. Foi incrível. Não tenho dúvida que foram o 12º jogador que nos empurrou, mesmo sofrendo um pênalti que na minha opinião não é pênalti", acrescentou, em referência à falta dentro da área de Murilo em Róger Guedes que o árbitro marcou e o atacante corintiano converteu.
Abel sentiu o apoio dos palmeirenses especialmente depois que a equipe levou o empate no começo do segundo tempo. O time não se abalou porque os torcedores não se calaram, ele entende.
"Obrigado pela ajuda quando sofremos o pênalti. Era fácil, se vocês não puxassem, a equipe ia abaixo mentalmente. Mas sentimos a força e o carinho", disse o comandante, em recado direcionado aos torcedores. Ele aproveitou o ensejo para lançar um desafio aos adeptos palmeirenses.
"Criem uma música curta para empurrar o time nos momentos em que precisamos, tenho certeza que os jogadores vão corresponder", propôs.
O treinador mostrou mais uma vez que seu time tem um repertório vasto, de modo que o Palmeiras foi intenso, agressivo e sufocou o Corinthians em seu campo. Para isso, não precisou ter mais a bola do que o rival. A posse não é o caminho para as vitórias, na visão do português.
"Posse de bola não ganha jogos, para chegar no final e dizer que tive 70%. Vocês já tiveram treinadores que tentaram o tiki-taka e não deu. Nós vivemos de gols", explicou. "Para mim, os fatores de sucesso são arremates, roubadas de bola e criação de chances de gol", adicionou.
"Eu não quero ter posse de bola no meio campo. Há jogos em que vamos ter mais posse de bola, quando estivermos atrás no placar. É assim em todo lugar do mundo".