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Essas estimativas já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom aumentou a Selic (a taxa básica de juros) em 1,00 ponto porcentual, para 11,75% ao ano, a nona alta consecutiva, configurando o processo mais forte de aperto monetário desde 1999. No documento, o BC ainda indicou que "antevê outro ajuste da mesma magnitude" na próxima reunião, em maio.
As projeções do BC reforçam o novo rompimento da meta de inflação este ano, considerando o teto de 5,0%. Para 2023, a estimativa está um pouco acima do centro da meta (3,25%).
Diante do impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços de petróleo, com alta volatilidade recente, e de seus efeitos sobre as projeções de inflação, o BC decidiu criar um cenário alternativo para os preços de petróleo. Nesse cenário, as projeções do Copom para inflação situam-se em 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023, abaixo das projeções no cenário de referência.
No cenário alternativo, considerado de maior probabilidade pelo BC, a premissa adotada é a de que o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$ 100 o barril e passando a aumentar 2% ao ano a partir de janeiro de 2023.
Ata anterior
Na ata da reunião anterior, em dezembro de 2021, as projeções de inflação no cenário básico (juros Focus e câmbio PPC) eram de 5,4% para 2022 e 3,5% para 2023.
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