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Ao revelar que tentará uma vaga de deputado federal, Boulos afirmou, na última segunda-feira, 21, que São Paulo "não pode deixar que (Eduardo) seja de novo o deputado mais votado". Segundo ele, o Estado precisa dar "outra mensagem" em 2022.
Posteriormente, em entrevista ao portal UOL, o líder do MTST fez uma provocação ao parlamentar e o convidou para debater ideias. "Como o apelido dele é 'bananinha', duvido que ele tope", disse.
Eduardo Bolsonaro respondeu. Em vídeo para a Jovem Pan, disse que, em 2018, recebeu mais votos em São Paulo do que Boulos, que tentava a Presidência, obteve em todo o País - o candidato do PSOL teve cerca de 617 mil votos. Também citou um "aspecto moral" para recusar debater com o psolista. "Não posso perder meu tempo e descer o nível para debater com ele, que é conhecido por ser um invasor de terras. Não debato com bandido", afirmou.
O filho do presidente Bolsonaro repetiu parte da afirmação em uma postagem no Twitter: "Sou policial e não debato com invasores de propriedade alheia, sanguessugas que defendem drogas, exploram miseráveis e lucram com bens roubados", escreveu.
Em resposta, o político do PSOL chamou o deputado de "covarde". "São sempre assim: machões de internet e covardes na hora do debate cara a cara. O pai já fugiu em 2018, o irmão desmaiou. Não esperava outra coisa de você, Bananinha".
O bate boca subiu de tom quando o vereador Paulo Chuchu (PRTB), ex-assessor de Eduardo, entrou no assunto e disse que, quando debate com alguém, a pessoa pode acabar "sem CPF", uma gíria que se popularizou entre bolsonaristas para fazer referência à morte de quem eles consideram criminosos. "Eu gostaria muito de debater com o invasor de propriedades privadas! Já fiz isso algumas vezes, em quase todas eles saíram presos em outras saíram sem CPF", publicou. Boulos, então, deu retweet em uma publicação classificando a afirmação como "ameaça" e chamando Chuchu de "fascistoide".
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