Aliados de Doria cobram posição de Bruno Araújo contra 'golpe'

Aliados de Doria reclamam do silêncio do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que é coordenador da pré-campanha do governador.

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Política JOÃO-DORIA 28/03/22 POR Estadao Conteudo

Aliados do governador João Doria se mobilizaram contra o que chamam de tentativa de "golpe" contra sua pré-candidatura e cobram do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, um posicionamento contundente em defesa do resultado das prévias presidenciais tucanas realizadas no ano passado.

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Assediado pelo PSD, que sinalizou que lançaria sua candidatura ao Palácio do Planalto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que foi derrotado por Doria nas prévias, vai deixar o cargo na próxima segunda-feira e deve anunciar sua permanência no partido.

Liderado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o grupo que faz oposição a Doria no PSDB acredita que pode reverter o resultado das prévias na convenção do partido, em junho. Segundo reportagem do Estadão, o "Dia do Fico" no PSDB seria uma estratégia que prevê a possibilidade de um acordo com o MDB e o União Brasil para o lançamento de uma candidatura única ao Planalto.

Aliados de Doria reclamam do silêncio do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que é coordenador da pré-campanha do governador.

"Esperamos uma manifestação do Bruno (Araújo) para garantir que a democracia interna seja respeitada", disse Fernando Alfredo, presidente do PSDB da capital paulista. "Eles não tem embasamento jurídico para contestar o resultado e apostam no desgaste do João (Doria). Qualquer tentativa de revogar as prévias seria um golpe", concluiu o dirigente.

Procurado, Araújo não foi localizado.

"A permanência do Eduardo (Leite) é bem vinda. Mas pelo estatuto as prévias são irrevogáveis. Não tem como voltar atrás. A convenção é meramente homologatória", disse o tesoureiro nacional do PSDB, Cesar Gontijo, que é aliado de Doria.

O estatuto tem brechas que permitiriam a revogação das prévias na convenção, que é a instância máxima do partido. Os "dissidentes" podem tentar reunir a maioria dos delegados no evento partidário, em junho, e assim tentar revogar a disputa interna.

Essa manobra, porém, abriria uma disputa sem precedentes na sigla e poderia ser judicializada pelo grupo do governador paulista.

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