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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Will", a autobriografia do ator Will Smith escrita com o autor de livros de autoajuda Mark Manson, retornou à lista de mais vendidas dos Estados Unidos uma semana após o tapa dado pelo ator no comediante Chris Rock durante a cerimônia do Oscar 2022.
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Agora, o livro figura na 73ª posição na lista, elaborada semanalmente pelo jornal americano USA Today. O trabalho foi lançado em novembro nos Estados Unidos e, na primeira semana, chegou a ficar em terceiro. Depois, permaneceu mais 15 semanas entre os 150 mais vendidos no país.
O livro já foi publicado no Brasil, pouco após o lançamento original, ainda em novembro de 2021, pela editora BestSeller. No entanto, é difícil saber qual o impacto que teve por aqui. Tomando como referência o ranking da Amazon brasileira, no momento da publicação deste texto, o livro aparecia na posição 1.565 e em 17º entre os mais vendidos na categoria memórias.
O portal PublishNews, que publica um ranking semanal baseado nas vendas consolidadas em diversas livrarias do país, ainda não divulgou a lista dos mais vendidos na semana entre 28 de março e 3 de abril.
Na obra, Smith, hoje com 53 anos, descreve a infância complicada, uma criação difícil com um pai autoritário que agredia a mãe. "Quando eu tinha 9 anos de idade, eu vi meu pai dar um soco na cabeça da minha mãe tão forte que ela entrou em colapso. Eu a vi cuspir sangue. Aquele momento no quarto, provavelmente mais do que qualquer outro momento na minha vida, definiu quem eu sou", escreve ele.
Na ocasião, diz se arrepender por não ter reagido à época, já que se acostumara a obedecer às ordens e fazer o pai rir para se manter a salvo.
Além disso, o ator destrincha como sua aparência de boa praça, inteligente, carismático -muito por um dos seus papéis mais famosos, como estrela da série "Um Maluco no Pedaço", exibida entre 1990 e 1996- é uma construção, um disfarce no qual se apoiou para esconder fragilidades, covardia e medo. Conta ainda que teve vontade de cometer suicídio duas vezes.
Trajetória de sucesso do jovem do oeste da Filadélfia, que foi um astro do rap de sua geração antes de ingressar em Hollywood, o livro também trouxe revelações, como a do casamento aberto com a atual mulher, mãe de dois de seus três filhos. O ator conta ter experimentado ayahuasca diversas vezes e que procurou uma especialista em sexo para tentar curar sua fantasia de ter um harém com mulheres como Halle Berry e a bailarina Misty Copeland.