Porto de Santos amplia estrutura para receber safra 2015/16

A capacidade de recebimento de caminhões foi ampliada de 12 mil para até 14 mil por dia, dentro do programa de agendamento de veículos voltado a evitar filas no período de escoamento da safra

© Reuters

Economia Melhoria 21/02/16 POR Estadao Conteudo

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) melhorou a estrutura do Porto de Santos para recebimento da safra de grãos 2015/16, cujo pico do escoamento começa agora. A capacidade de recebimento de caminhões foi ampliada de 12 mil para até 14 mil por dia, dentro do programa de agendamento de veículos voltado a evitar filas no período de escoamento da safra, disse ao Broadcast Agro o diretor de operações logísticas da Codesp, Cleveland Lofrano. A medida foi adotada para dar conta do maior número de caminhões com grãos da safra 2015/16 previstos para chegar ao porto ao longo de 2016 e é resultado de obras viárias e mudanças no sistema de recepção de veículos. "Conseguimos diminuir o intervalo de atendimento entre um caminhão e outro e, com isso, criamos quase 2 mil janelas diárias a mais. Isso significa que, em cada janela de seis horas destinada à recepção dos veículos, poderão ser recepcionados 500 caminhões a mais", afirmou Lofrano.

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A Codesp realizou nesta semana o Fórum Operação Safra 2016 para apresentar as ações previstas para o escoamento da safra pelo Porto de Santos em 2016. O evento reuniu representantes dos Ministérios da Agricultura e dos Transportes, entidades federais, estaduais e municipais, concessionários rodoviários, ferroviários e hidroviários, associações, sindicatos, embarcadores, armadores e terminais portuários, que apresentaram suas atribuições durante o período de escoamento da safra, de fevereiro a agosto. Na ocasião, o ministro chefe da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, assinou contrato entre a secretaria e a EEL Infraestrutura para dragagem do canal de navegação do Porto de Santos. O diretor presidente da Codesp, Alex Oliva, também assinou dois convênios, voltados à fiscalização do trânsito nas vias portuárias pela CET e à segurança das instalações do Porto de Santos e da área de fundeio pela Polícia Federal.

Se em 2015 Santos recebeu aproximadamente 660 mil caminhões carregados com grãos, para 2016 estão previstos em torno de 800 mil veículos, segundo Lofrano. Dentre as ações concluídas no ano passado e que viabilizaram a recepção de um número maior de caminhões, ele destacou melhorias no acesso ao porto pelo anel viário de Cubatão (SP), ampliação de faixas na rodovia Cônego Dômenico Rangoni e mudanças no gerenciamento dos pátios do porto. De acordo com Lofrano, o programa de agendamento de caminhões eliminou as filas no porto e estas se formam apenas quando ocorre algum acidente, já que neste caso os caminhões não conseguem chegar ao porto no horário agendado.

Com relação aos acessos pelo mar, o diretor de logística da Codesp informou que o calado (profundidade necessária para que o navio atraque) será mantido, garantindo que os contratos já firmados sejam cumpridos. A dragagem no Porto de Santos, conforme o executivo, precisa ser realizada constantemente mas, no fim do ano, o contrato com a empresa responsável pela atividade havia se encerrado e os preços das novas propostas apresentadas estavam acima do valor anterior. Um novo processo de licitação deve ser realizado no curto prazo, de acordo com o diretor da Codesp, garantindo que a dragagem seja feita em tempo hábil.

A capacidade de armazenagem dos terminais privados destinados a grãos, hoje de aproximadamente 2 milhões de toneladas, não aumentou em relação ao ano passado, de acordo com o executivo. "Deve aumentar a partir de agora. Com as licitações realizadas no fim do ano, as empresas ganhadoras devem ampliar sua estrutura", afirmou Lofrane. Atualmente, o Porto de Santos não tem instalação própria para escoamento de grãos, de acordo com o executivo, e a exportação é feita apenas nos terminais arrendados pela iniciativa privada.

Lofrane afirmou também que o tempo médio de espera dos navios para atracar está "dentro de padrões razoáveis e não há nenhum gargalo ou fila de navios para exportação". "Temos feito reuniões diárias sobre a atracação dos navios, com a equipe de praticagem (serviço de auxílio às embarcações para atracarem nos portos), tentando reduzir cada vez mais o tempo de espera dos navios", complementou. Com informações do Estadão Conteúdo.

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