Conta de luz deve ter bandeira verde até o fim do ano, diz ONS

Provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022

© Shutterstock

Economia Consumo 11/04/22 POR Agência Brasil

Cinco dias após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o fim de bandeira de escassez hídrica na conta de luz e a entrada em vigor da bandeira verde a partir de 16 de abril, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que ela deve vir pra ficar. Novas mudanças não são esperadas até o fim de ano. Isso significa que provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.

"Essa é a expectativa", disse hoje (11) Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS. A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o real custo da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm por objetivo cobrir a diferença e também funcionam para frear o consumo.

Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.

No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.

Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021. "Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012", observou.

Segundo o diretor-geral da ONS, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não podem parar e que possuem uma capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). Nos piores momentos da crise hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW.

Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de novas fontes renováveis, como eólica, que já representa aproximadamente 9% do total.

Apesar da recuperação das usinas hidrelétricas, Ciocchi considera ter sido acertada a decisão do governo de contratar térmicas emergenciais no ano passado. Elas deverão garantir, até dezembro de 2025, a reserva de energia que era considerada necessária para uma recuperação de longo prazo. "Na hora que tomamos a decisão, existia uma incerteza muito grande. Tínhamos duas escolhas: o arrependimento de contratar e o arrependimento de não contratar", pontuou.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Liziane Gutierrez Há 17 Horas

Ex-Fazenda Liziane Gutierrez está presa no Marrocos há um mês

mundo Inglaterra Há 15 Horas

Mulher condenada por manter bebê em gaveta até os três anos na Inglaterra

fama Meghan Markle Há 16 Horas

Divórcio? Meghan Markle quebra o silêncio e surge sozinha em evento

fama Cristiano Ronaldo Há 10 Horas

Cristiano Ronaldo posa de sunga e detalhe chama atenção nas redes

mundo França Há 8 Horas

Deputados da França comparam carne do Brasil a lixo; assista

politica Bolsonaro Há 14 Horas

PF: Bolsonaro 'planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva'

esporte Brasil Há 15 Horas

Abel é chamado de burro pela torcida do Palmeiras

tech Espaço Há 16 Horas

James Webb mostra detalhes inéditos da galáxia 'Sombrero'; veja as fotos

fama Harry e Meghan Markle Há 6 Horas

Harry e Meghan seguem 'caminhos separados' após Dia de Ação de Graças

fama Ana Paula Minerato Há 16 Horas

Ana Paula Minerato se desculpa por falas racistas e culpa o ex-namorado