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A projeção oficial para o IPCA de França Costa é 7,20%, para 2022, e de 4,20% para 2023, considerando revisão recente do câmbio de R$ 5,50 para 5,10. Para o economista, a perspectiva de eleição conturbada no Brasil e de maior aumento de juros nos países desenvolvidos deve impedir que o dólar continue no nível de hoje.
O economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, já incorpora a valorização de câmbio para R$ 4,70 na projeção para o IPCA de 2022, atualmente em 8,3%, beneficiando um pouco o IPCA de 2023, projetado em 4,3%. "Mesmo após incorporar essa valorização recente do real nas projeções, continuamos com um cenário acima da meta nos dois anos. No caso de 2022, acima do teto da meta", frisa o economista.
Ritmo
O economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, argumenta que o repasse cambial para a inflação doméstica é mais rápido e mais forte em momento de depreciação da moeda brasileira. "Devemos ver alimentos e combustíveis melhorando daqui para frente, mas não vejo por que mudar meu IPCA para o ano, que hoje está em 7,7%", considera.
Citando também o repasse mais demorado em momentos de fortalecimento do real, o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, afirma que, quando aparecer, o impacto deve ser relevante, principalmente sobre itens ligados a commodities e bens industriais. Hoje, ele projeta 8,3% para o IPCA em 2022 e entre 4,0% e 4,5% no ano que vem.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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