EUA já deram US$ 2,4 bilhões em arma e munição à Ucrânia

O governo de Joe Biden enviou também já enviou um pacote de US$ 13,6 bilhões para ajuda humanitária à Ucrânia

© Getty Images

Mundo Defesa 19/04/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos aprovaram mais um pacote de US$ 800 milhões (ou R$ 3,7 bilhões, na cotação atual) em nova ajuda militar à Ucrânia, que inclui armas e helicópteros, para reforçar a defesa contra uma ofensiva de tropas da Rússia intensificada na região leste do país.

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"Este novo pacote de assistência conterá muitos dos sistemas de armas altamente eficazes, que já fornecemos, e novas capacidades adaptadas ao ataque mais amplo, que esperamos que a Rússia lance no leste da Ucrânia", disse o presidente dos EUA, Joe Biden.

Segundo ele, o fornecimento constante de armas que os Estados Unidos e seus aliados enviaram à Ucrânia tem sido fundamental para sustentar sua luta contra a invasão russa. "Isso ajudou a garantir que [o presidente da Rússia Vladimir" Putin] tenha falhado em seus objetivos iniciais de guerra para conquistar e controlar a Ucrânia. Não podemos descansar agora", falou.

Até agora, os Estados Unidos forneceram à Ucrânia a maior parte da ajuda militar internacional recebida por Kiev - o montante total do auxílio concedido ultrapassa os US$ 2,4 bilhões, segundo levantamento da agência de notícias AFP.

De acordo com uma lista publicada na semana passada pela Casa Branca, os Estados Unidos forneceram ou prometeram à Ucrânia:

1.400 sistemas antiaéreos Stinger 5.000 mísseis antitanque Javelin 7.000 outras armas antitanque centenas de drones kamikaze Switchblade 7.000 fuzis de assalto 50 milhões de balas e munições 45.000 lotes de coletes e capacetes à prova de balas foguetes guiados a laser drones Puma radares antiartilharia e antidrones veículos blindados leves sistemas de comunicação segura proteção antiminas

O governo de Joe Biden enviou também já enviou um pacote de US$ 13,6 bilhões para ajuda humanitária à Ucrânia e aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sendo:

US$ 1 bilhão para assistência em segurança; US$ 300 milhões destinados a novos contratos de equipamentos militares; US$ 100 milhões em ajuda militar para compra de sistemas de blindagem.

Mas, com mais de 50 dias desde o início da guerra, diversos outros países já declararam apoio tanto à Ucrânia quanta à Rússia.

Veja a lista:

União Europeia

A União Europeia anunciou no final de março 1 bilhão de euros (R$ 5,14 bilhões) para ajuda militar à Ucrânia.

"Estamos decidindo politicamente o fornecimento de um maior apoio financeiro militar para aumentar para 1 bilhão de euros as suas capacidades financeiras para a aquisição de meios militares", disse Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha.

Não foi informado quais equipamentos militares foram enviados para a Ucrânia.

Alemanha

Um dos países que mais se coloca ao lado da Ucrânia e contra a Rússia é a Alemanha. Até agora, o governo enviou ajuda humanitária e militar.

1000 armas antitanque; 500 mísseis; 370 milhões de euros (R$ 1,9 bilhão) para combater a crise humanitária; 430 milhões de euros (R$ 2,2 bilhões) para combater a fome na população ucraniana.

"A guerra da Rússia está impactando dramaticamente o suprimento de comida muito além da Ucrânia. E é por isso que devemos fazer tudo para prevenir a fome", disse o chanceler alemão Olaf Scholz. "A Europa está apoiando muito, mas precisamos de um esforço global".

Reino Unido

Outro aliado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Jonhson, enviou ajuda militar e humanitária para a Ucrânia.

6 mil mísseis; 25 milhões de libras (R$ 154 milhões) em apoio financeiro para os militares ucranianos; 400 milhões de libras (R$ 2,4 bilhões) para ajuda humanitária;

No dia 31 de março, o governo britânico anunciou que ia enviar mais ajuda à Ucrânia. No entanto, não foi informada a quantidade exata dos itens enviados.

"Estamos intensificando nossa coordenação para intensificar o apoio militar e garantir que as Forças Armadas da Ucrânia fiquem mais fortes enquanto continuam repelindo as forças russas", explicou o ministro da Defesa britânico, Bem Wallace.França

A França ocupa um papel de destaque em meio ao conflito. Antes da invasão russa, o presidente francês Emmanuel Macron chegou a ir à Rússia se encontrar com Putin. A ideia era persuadir o líder russo a desistir da guerra. No entanto, a diplomacia não funcionou.

Com o início do conflito, Macron anunciou ajuda de 300 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão) à Ucrânia. A França também enviou ajuda militar, no entanto não foi informado a quantidade de armas que foram para o Leste Europeu.

Holanda

A Holanda também está ao lado da Ucrânia e anunciou o envio de 200 mísseis antiaéreos Stinger, além de foguetes e 50 armas antitanque.

Canadá

Do outro lado do Oceano Atlântico, o Canadá também está apoiando a Ucrânia contra a Rússia. Até agora, o governo canadense fez um empréstimo de R$ 1,8 bilhão para os ucranianos. O dinheiro foi usado para a compra de armamento.

Além disso, no início de março, a ministra da Defesa do país foi ao Twitter anunciar o fornecimento de US$ 50 milhões (R$ 235 milhões) em armamento letal e não-letal, como câmeras usadas em drones.

Outro ponto com que o país colabora é por meio da empresa MDA, que tem um satélite e, com a aprovação do governo, coleta imagens do território ucraniano para ajudar as tropas do país na Guerra.

Suécia

Outro país que está ao lado dos ucranianos, a Suécia anunciou o envio de 5000 peças de armamento antitanque, capacetes, coletes antibalas e 135 mil rações militares.

Dinamarca

A Dinamarca enviou, até agora, 2700 armas antitanque e declarou que pode receber refugiados ucranianos.

Noruega

No final de fevereiro, a Noruega informou o envio de 2000 armas antitanque, capacetes e coletes a provas de bala. Outra ajuda será humanitária: US$ 226 milhões (R$ 1,06 bilhões).

Finlândia

Mesmo fazendo fronteira com a Rússia, o governo da Finlândia, em um ato histórico, enviou apoio militar para a Ucrânia. O país enviou 2500 fuzis de assalto, 150000 munições, 1500 lançadores de granadas e 70000 rações de campanha.

Bélgica

O governo belga, no final de fevereiro, anunciou o envio de ajuda militar à Ucrânia. Pelas redes sociais, o primeiro-ministro Alexander De Croo, anunciou o envio de 2000 metralhadoras, 4000 toneladas de combustível e 200 armas antitanques.

Portugal

Portugal também enviou ajuda militar para a Ucrânia. Cerca de 60 a 70 toneladas de equipamentos, como óculos de visão noturna, coletes a prova de bala, capacetes, granadas, munições e fuzis. Há a previsão de enviar novos equipamentos para o território ucraniano.

"Portugal tem vindo a apoiar a Ucrânia. Já enviou mais de 60, 70 toneladas de material de guerra para a Ucrânia e enviará mais num futuro próximo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Grécia

O governo grego enviou equipamentos de defesa e ajuda humanitária. Os valores não foram divulgados.

Romênia

O governo da Romênia enviou combustível, colete à prova de balas, capacetes e R$ 17 milhões em materiais militares. Além disso, recebe ucranianos feridos em 11 hospitais militares espalhados pelo território. Inclusive brasileiros estão cedendo casas para refugiados do Leste Europeu recomeçarem a vida.

Espanha

O governo espanhol enviou coletes à prova de balas e 20 toneladas de medicamentos e materiais hospitalares. Na parte militar, a Espanha mandou 1370 lançadores de granadas e 700 mil cartuchos de munição de rifle e metralhadora.

República Tcheca

O governo tcheco enviou no início do conflito R$ 45 milhões à Ucrânia, mas não informou detalhes. Além disso, mandou 4000 morteiros, 30000 pistolas, 7000 fuzis, 3000 metralhadores e 1 milhão de munições. Nesta terça-feira (5), a República Tcheca anunciou o envio de cinco tanques de guerra e cinco veículos de combate para o território ucraniano.

Cróacia

O governo croata enviou R$ 92 milhões para a Ucrânia, além de armas e coletes à prova de balas.

Ajuda à Rússia

Alguns países se posicionaram a favor da Rússia, como Belarus, Síria, Venezuela, Cuba e Nicarágua.

A China, grande potência financeira e militar, se mantem neutra no conflito. O governo de Xi Jinping dá sinais favoráveis à Rússia, ao mesmo tempo que lamenta o conflito no Leste Europeu.

No entanto, nenhuma destas Nações divulgou ajuda militar ou financeira à Rússia durante a Guerra.

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