Coisas do dia a dia que foram inventadas por indígenas e quase ninguém sabe

De beliches a analgésicos, temos muito a agradecer a eles no dia de hoje

Coisas do dia a dia que foram inventadas por indígenas e quase ninguém sabe

Devido a séculos de discriminação histórica e ao persistente fracasso de muitos sistemas escolares, os povos indígenas não receberam o devido crédito sobre o quanto contribuíram para nossas vidas modernas e cotidianas. As populações nativas têm sido responsáveis por inúmeras inovações. Essas invenções impressionaram tanto os colonizadores europeus que eles sentiram a necessidade de inventar histórias fictícias para explicar muitas dessas criações indígenas tecnologicamente avançadas.

Clique aqui para ver algumas das muitas coisas que nossa sociedade moderna só tem graças aos indígenas.

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Contraceptivos orais

Embora não tão eficazes quanto o controle de natalidade moderno, as tribos Shoshone e Navajo supostamente usavam coisas como as plantas cânhamo canadense e lithospermum como contraceptivo oral muito antes da indústria farmacêutica desenvolver a pílula.

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Borracha

Pouca gente sabe que a borracha teve origem com os nativos americanos que colhiam o látex natural da seiva de árvores. Cristóvão Colombo levou uma bola de borracha de volta para a Europa e, através do processo de vulcanização, Charles Goodyear foi capaz de comercializar a borracha na década de 1830.

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Beliches

Os iroqueses (civilização pré-colombiana na América do Norte) viviam em casas longas e altas, o que supostamente os estimulou a desenvolver o beliche como uma maneira de aproveitar mais o espaço.

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Milho

O milho que conhecemos, amamos e desfrutamos hoje de muitas formas não surgiu naturalmente. Antigos agricultores indígenas no norte da Guatemala e no sul do México há 10.000 anos praticavam reprodução seletiva para ampliar a espiga e desenvolver grãos que os humanos pudessem comer. Foram os indígenas que ensinaram os colonos europeus a cultivar o milho.

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Caiaques

Os inuítes no Ártico (que chamamos também de esquimós) foram os primeiros a desenvolver o projeto de um pequeno barco estreito com um cockpit fechado que protegeria o remador e não afundaria se o barco virasse de cabeça para baixo, de acordo com os historiadores canadenses David Johnston e Tom Jenkins. Embora os materiais agora sejam diferentes dos usados na época (madeira, ossos e pele de foca), o caiaque persiste.

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Óculos de sol/óculos de neve

Os povos Inuíte e o Yupik recebem os créditos pelo desenvolvimento de formas iniciais de óculos de sol e óculos de neve mais ou menos por volta da década de 1890. Depois de perceberem que o brilho causava danos nos olhos, eles fizeram óculos de madeira, osso ou couro com pequenas fendas neles que simulavam o olhar.

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Pontes de suspensão por cabos

Os incas da América do Sul foram os primeiros a construir pontes de suspensão fortes que se estendiam por desfiladeiros. Eles teciam longas gramíneas montanhosas em cabos espessos. Essas pontes superavam demais as pontes de pedra feitas por engenheiros europeus da época.

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Analgésicos tópicos

Os povos indígenas sempre foram curandeiros especialistas e foram pioneiros em muitos remédios. Alguns nativos americanos usaram capsaicina (um produto químico derivado de pimentas) e figueira brava como analgésicos tópicos. Eles moíam as a raízes para fazer um creme que poderia ser aplicado a cortes e feridas externas.

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Analgésicos orais

Os curandeiros também davam figueira brava para os pacientes ingerirem como anestésico. Outro analgésico comum e anti-inflamatório que precedeu a aspirina foi o chá preparado da casca do salgueiro negro americano (Salix nigra), que contém a salicina química que, uma vez no corpo, produz ácido salicílico, o ingrediente ativo em comprimidos de aspirina.

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Agricultura de leito elevado

A produção vegetal moderna reconhece os benefícios da agricultura de leitos elevados como uma forma de proteger as plantações dos pântanos, escoamento e erosão, mas poucos reconhecem que foram os povos nativos da América do Sul e Central que inventaram uma versão inicial da técnica.

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Lacrosse

Embora tenha sido reconhecido como indígena pelos europeus na época, muitas pessoas hoje não sabem que o lacrosse foi um esporte criado pelos iroqueses da Ilha das Tartarugas séculos antes.

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Mamadeiras

Embora seja difícil imaginar hoje em dia, os iroqueses fizeram versões iniciais de mamadeiras usando intestino de urso seco e untado e adicionando a pena de um pássaro como o bico, de acordo com o historiador Arthur C. Parker.

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Fórmulas para bebês

Os iroqueses também criaram uma fórmula para os bebês consumirem, que supostamente continha misturas nutritivas de nozes, carne e água.

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Siringas

Enquanto seringas apareceram na medicina europeia por volta da década de 1850, relatos mostram que os nativos americanos já haviam criado um mecanismo semelhante usando bexigas de animais e ossos de aves ocas para injetar medicamentos.

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Redes

Cristóvão Colombo escreveu em suas cartas sobre ter desembarcado no Caribe e ter encontrado indígenas descansando em camas feitas de rede de algodão suspensas entre duas árvores ou postes. A rede era uma maneira de se refrescar à noite e evitar os insetos que rastejam em climas quentes. Marinheiros europeus rapidamente adotaram as redes em navios mercantes e navais.

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Enxaguante bucal

Apesar do enxaguante bucal de hoje em dia evocar cheiros de produtos químicos quando pensamos nele, várias tribos indígenas na América do Norte, bem como os maias e astecas, usavam as flores silvestres da Coptis trifolia como enxaguante bucal e tratamento para dor oral.

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Sapatos de neve

Embora os sapatos próprios para neve possam ser rastreados até a Ásia Central, as versões que conhecemos hoje se assemelham mais ao que os povos originários, Inuítes e Métis, fizeram com materiais naturais.

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Chiclete

Os povos indígenas foram alguns dos primeiros a conceituar a ideia de mascar chiclete. Os maias e astecas foram os primeiros a cortar resina da casca da árvore de sapota e mastigá-la.

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Bumerangue

O bumerangue alcançou fama mundial por seu som e magistral "elevação assimétrica", e foi inteiramente uma invenção aborígene australiana.

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Supositórios

Antes dos supositórios modernos, os povos nativos da América do Norte tinham criado pequenos plugues usando as propriedades umedecentes de árvores Cornus Florida.

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Cachimbos

De acordo com Matthew Sanger, curador de arqueologia norte-americana no Museu Nacional do Índio Americano, os tubos cerimoniais que os nativos americanos e antigos sacerdotes no México frequentemente usavam durante rituais espirituais — que vinham em várias formas e materiais — influenciaram europeus e pessoas ao redor do mundo.

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Pesticidas

Os povos indígenas criaram muitas formas iniciais de controle de pragas. Os Paiute e os Shoshone combatiam piolhos lavando seus cabelos numa infusão quente feita com raiz doce (Osmorhiza). Os agricultores de algodão Incas queimavam verbena-limão como pesticida. Os povos pré-colombianos construíam estruturas com madeira de cajueiro, e muito mais.

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Extração de petróleo

Apesar de Edwin L. Drake ter sido creditado como o descobridor do petróleo nos EUA em 1859, relatos mostraram que os nativos norte-americanos eram conhecidos por terem escavado poços de petróleo na Pensilvânia mais de 400 anos antes. Els colocavam fogo no óleo que escoava para incêndios cerimoniais e transformavam esse óleo em loção protetora para a pele, semelhante à vaselina.

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Protetor solar

Como um dos muitos fins medicinais que os povos nativos encontraram entre as plantas, uma versão inicial do protetor solar foi feita misturando substâncias vegetais (como óleo de girassol, wallflowers e seiva de babosa) bem como gorduras animais e óleos de peixe, para proteger a pele de danos solares.

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Uma versão da democracia

Embora a versão mais antiga da democracia seja creditada aos gregos antigos, na década de 1700 os iroqueses desenvolveram outra versão da democracia que teria influenciado diretamente os fundadores da democracia americana. Seis nações se uniram para formar a Confederação Iroquesa, na qual cada tribo se governava, mas se uniam em questões de interesses de todos.

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Resinas termoplásticas

Os povos indígenas da Austrália eram conhecidos por retirar a resina de uma planta chamada porcupine grass, depois limpá-la e aquecê-la sobre o fogo para criar uma substância preta pegajosa que endureceria à medida que esfriava. Essa mistura era forte o suficiente para prender uma pedra à madeira e possibilitar a criação de ferramentas como lanças e machados.

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Agricultura com bastões de fogo

As populações nativas da Austrália mantiveram campos por séculos através de uma forma de queima controlada chamada "agricultura com bastões de fogo", na qual eles controlavam habilmente os incêndios para limpar trilhas ou criar campos de grama aberta ideal para a agricultura.

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Agricultura com bastões de fogo

Essa forma de agricultura foi especialmente inovadora porque criava espaço para novas plantas crescerem e dava condições ideais para animais de caça como wallabies aparecerem naquela área, ao mesmo tempo em que incentivava o crescimento de plantas alimentícias de baixo crescimento. As práticas nativas de queima de baixa intensidade continuam sendo necessárias na prevenção de incêndios mais graves na Austrália.

Fontes: (History) (Discover Magazine) (Indian Country Today) (BuzzFeed) (Forbes)

Veja também: As heranças culturais que os índios e escravos nos deixaram

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Mundo História 19/04/22 POR Notícias Ao Minuto Brasil


Devido a séculos de discriminação histórica e ao persistente fracasso de muitos sistemas escolares, os povos indígenas não receberam o devido crédito sobre o quanto contribuíram para nossas vidas modernas e cotidianas. As populações nativas têm sido responsáveis por inúmeras inovações. Essas invenções impressionaram tanto os colonizadores europeus que eles sentiram a necessidade de inventar histórias fictícias para explicar muitas dessas criações indígenas tecnologicamente avançadas.

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