© Alesp
No dia 12, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa decidiu, por unanimidade, acatar o relatório que pedia a cassação do mandato do deputado.
A renúncia anunciada por Arthur do Val não interrompe o processo.
O caso ainda será analisado pelo plenário da Assembleia. "Sem o mandato, os deputados agora serão obrigados a discutir apenas os meus direitos políticos e vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições", disse Arthur do Val.
Ele afirmou ainda ter sido vítima de um processo "injusto e arbitrário" na Alesp.
Votado em regime de urgência no Conselho de Ética, a punição foi sustentada pelo relator, deputado Delegado Olim (PP), com base em três denúncias: captação irregular de recursos para uma entidade civil; confecção de coquetéis molotov e o envio de áudios depreciativos às mulheres ucranianas.
Os áudios de Arthur foram divulgados no início de março, quando o parlamentar estava na Ucrânia enviado pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
Nas gravações, de teor machista, o deputado afirmou que as mulheres ucranianas eram "fáceis porque eram pobres". "São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas 'minas', em dois grupos de 'mina'. É inacreditável a facilidade. Essas 'minas' em São Paulo você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara e aqui são super simpáticas", disse.
O conteúdo também incentivava a realização de turismo sexual, já que o político afirmou que voltaria ao país após a guerra.
PUB