Ciro, Moro e Doria reagem contra perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) chamou o presidente da República de "golpista que atenta contra os poderes o tempo todo".

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Política DANIEL-SILVEIRA 22/04/22 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - O indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira nesta quinta (21) é alvo de críticas de prováveis oponentes dele nas eleições deste ano, além de outros políticos.

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Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil) se manifestaram sobre o assunto em suas redes sociais.

Ciro chamou a decisão de Bolsonaro de "ato espúrio de favorecimento absurdo e imoral a Daniel Silveira". Ele afirmou que o seu partido entrará, na sexta (22), com uma ação no Supremo Tribunal Federal para tentar anular a medida.

Moro afirma que "o confronto entre o presidente e o STF é preocupante". "Quem perde é o país pela instabilidade", complementa o ex-juiz e ex-ministro.

Mas ele pondera que "não há como ignorar graves erros de parte a parte: seja em ameaças ao STF de um lado ou em julgados que abriram caminho para a impunidade da corrupção".

O tucano publicou mensagem dizendo que se ele for eleito presidente "não haverá indulto a condenados pela Justiça".

"Também vou acabar com a "saidinha de presos". A sociedade não aguenta mais a impunidade", escreveu o ex-governador paulista.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) chamou o presidente da República de "golpista que atenta contra os poderes o tempo todo".

Ele diz que vai recorrer à Justiça para reverter o indulto de Bolsonaro e também cobra manifestação dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

"O indulto beneficiando Daniel Silveira é afronta ao STF e claramente inconstitucional. Entrarei com medida judicial ainda hoje contra o decreto ilegal.O fascismo não passará. O Congresso precisa se manifestar", postou ele em sua rede social.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), líder da bancada do seu partido na Câmara, é outra parlamentar que vai tentar anular o perdão a Silveira. Ela afirmou que irá apresentar um projeto de decreto legislativo com esse objetivo e que também vai recorrer ao Supremo.

"Ele [Bolsonaro] aparelha as instituições para defender seus aliados criminosos e estimula o enfrentamento e polarização de sua base contra o STF", escreveu a deputada.

Por outro lado, apoiadores do presidente se manifestaram favoráveis à medida tomada pelo chefe do Executivo.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou o feito do pai. "Quem diria que um militar daria aula de Estado Democrático de Direito", postou ele em sua conta no Twitter."Cabeça dos idiotas úteis da esquerda buga", emendou ele.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) viu a decisão do presidente como um "momento histórico para todo aquele que, comos nós, "acredita que o país pode voltar a ter democracia após a decisão de ontem do STF"

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) comparou a situação a um jogo de futebol e chamou Bolsonaro de "artilheiro" e "autor de um gol olímpico".

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