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"Eu estou fora da briga, com certeza. Não há nenhuma dúvida sobre isso. Mas vou continuar trabalhando duro para tentar me recuperar de alguma forma", diz Hamilton, sem esconder o desânimo. No domingo, ele largou em 14º, terminou uma posição à frente e ainda levou uma volta do vencedor da prova, o holandês Max Verstappen.
A situação surpreende pelo contraste em relação há alguns meses. No início de dezembro, os dois estavam brigando pelo título, numa das disputas mais apertadas dos últimos anos. O troféu foi decidido apenas na volta final da última corrida do ano, em Abu Dabi, com direito a polêmicas, críticas de ambos os lados e investigação do caso.
Vencedora dos últimos sete títulos do Mundial de Construtores, a Mercedes era tida como maior favorita ao título deste ano por contar com mais recursos que os rivais. A expectativa de que sua poderosa área de pesquisa e tecnologia a colocaria na frente dos demais na mudança radical que os carros da F-1 passaram neste ano.
Mas as escolhas aerodinâmicas do time têm ficado aquém do esperado. "Desculpe pelas dificuldades que você teve hoje. Sei que o carro está impossível de pilotar e não é o que merecemos para obter melhores resultados. Vamos superar isso, mas admito que tivemos uma corrida terrível", disse Toto Wolff, chefe da Mercedes.
A única alegria do time neste começo de temporada tem sido o britânico George Russell. O jovem piloto, de 24 anos, é o único do grid a terminar dentro do Top 5 em todas as quatro etapas já disputadas neste ano. No domingo, cruzou a linha de chegada na quarta posição, surpreendendo até mesmo a chefia da Mercedes.
"Pelo menos George conquistou alguns pontos para o time. Peço desculpas a todos por não poder fazer o mesmo", afirma Hamilton, que aparece no sétimo lugar do campeonato, com 28 pontos. Seu novo companheiro de time ocupa o quarto posto geral, com 49 pontos.
O fraco desempenho de Hamilton na temporada acontece após rumores sobre uma possível aposentadoria do piloto ao fim do tumultuado campeonato passado. Insatisfeito com as decisões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na última prova do ano, quando liderava com folga rumo ao título até que uma batida mudou todo o cenário da corrida, ele não compareceu à festa de premiação da entidade, no fim do ano, e se ausentou das redes sociais por quase dois meses.
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