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O caso foi confirmado pelo professor Marcelo Soares, do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará. "O peixe-leão é uma espécie invasora, que surgiu no extremo oeste do Ceará entre Bitupitá e Itarema. Ele foi encontrado em regiões consideradas rasas, entre 0 e 8 metros de profundidade. Até agora, foram encontrados 30 peixes, mas, à medida que os anos foram passando, a quantidade pode aumentar se não houver um controle ambiental por parte das autoridades", explica o professor.
O animal representa uma ameaça tanto à saúde humana quanto a outras espécies marinhas, causando também elevados prejuízos ambientais e socioeconômicos, já que atrapalha a pesca artesanal, pois ele se alimenta de espécies nativas de peixes e camarões e não tem um predador natural. Além de prejuízos também ao turismo local. Soares explica ainda que o peixe-leão possui 18 espinhos venenosos. Em contato com um humano ou outro animal, ele libera um veneno que injeta neurotoxinas por meio dos espinhos, o que causa febre, convulsões e dores intensas no local.
"O peixe-leão se reproduz rapidamente e consegue sobreviver em diferentes habitats, alcançando grandes profundidades no mar, que variam de um a 100 metros, tornando seu manejo difícil. Por isso, é necessário que haja uma ação em nível nacional, com urgência, para combater a espécie invasora", diz Soares.
No último mês de março, oito peixes-leão foram capturados no norte do Ceará. Um foi encontrado no município de Camocim, enquanto os outros sete foram achados em Acaraú, Cruz e no Parque Nacional de Jericoacoara, uma das praias do Ceará mais visitadas por turistas.
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