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A noite foi especial para Rony. Ao abrir o placar com um bonito cabeceio, o camisa 10 superou Alex e se tornou o maior artilheiro palmeirense na história do torneio continental. Os outros gols foram marcados pelo jovem Gabriel Veron e pelo atacante Breno Lopes, este uma pintura sem querer. No segundo tempo, o Emelec cresceu, pressionou e marcou com Rojas. Mas foi só o que fez o clube equatoriano.
Escalado por Abel com uma formação mesclada, o Palmeiras mostrou mais uma vez maturidade diante de um adversário inferior e fez ficar fácil um duelo que poderia ser difícil. Com o triunfo, o time alviverde ampliou para 17 jogos a série invicta como visitante, um recorde absoluto na competição, e ficou perto das oitavas de final. Tem nove pontos e lidera com folga o Grupo A.
O time alviverde foi especialmente superior na primeira etapa. Criou oportunidade para construir uma goleada no Equador, mas não aproveitou todas. Marcou duas vezes. No segundo tempo, foi pressionado, levou um gol, mas sustentou a vantagem até o fim.
Rony abriu o caminho para o triunfo concluindo de cabeça uma jogada construída com perfeição aos 18 minutos do primeiro tempo. Scarpa virou para Wesley, que mandou de primeira para Rony cabecear. A trama foi finalizada sem a bola cair. Na comemoração, os palmeirenses homenagearam Jailson, volante que rompeu os ligamentos do joelho e não deve mais jogar neste ano.
Rony e Scarpa ainda perderam outros gols, que não fizeram falta porque Veron foi às redes aos 24. O jovem disparou do campo de defesa e bateu de canhota, no canto, para vencer Ortíz.
Rony alcança marcas históricas, mas é, ao mesmo, capaz de errar gols impressionantes. No início da etapa final ele, livre na pequena área, escolheu mergulhar em vez de chutar e jogou para fora o que seria o terceiro gol alviverde. Na sequência, os donos da casa diminuíram com Rojas, aproveitando falha de Mayke antes de superar Weverton com uma bonita cavadinha.
O Palmeiras sentiu o gol que levou. Viu um jogo perto de ser resolvido se tornar complicado.
A postura dos equatorianos também contribuiu para isso. Eles foram ao ataque com velocidade pelos lados e causaram problemas à defesa palmeirense na segunda metade da etapa final, mas não conseguiram o empate porque Weverton e os zagueiros trabalharam com competência.
No fim, Breno Lopes acertou, provavelmente sem querer, uma pintura. O atacante foi cruzar da ponta direita, mas viu, sem ângulo, a bola bater na trave e entrar.
FICHA TÉCNICA
EMELEC 1 X 3 PALMEIRAS
EMELEC - Pedro Ortíz; Carabalí, Guevara, Leguizamón (Quintero) e Pittón; Rodríguez (Caicedo), Zapata, Arroyo e Rojas; Cevallos (Wittle) e Cabeza. Técnico: Ismael Rescalvo.
PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Kuscevic e Piquerez; Danilo, Atuesta (Fabinho) e Gustavo Scarpa (Gabriel Menino); Wesley (Jorge), Gabriel Veron (Breno Lopes) e Rony (Rafael Navarro). Técnico: Abel Ferreira.
GOLS - Rony, aos 18, e Gabriel Veron, aos 24 minutos do primeiro tempo. Rojas, aos 16, e Breno Lopes, aos 49 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Patricio Loustau (Argentina)
CARTÕES AMARELOS - Quintero, Guevara, Arroyo, Scarpa
RENDA E PÚBLICO - Não disponível
LOCAL - Estádio George Capwell, em Guayaquil
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