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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Os envios de armas à Ucrânia "ameaçam a segurança" europeia, afirmou nesta quinta-feira (28) a Rússia, após um novo pedido da ministra britânica das Relações Exteriores, Liz Truss, para a entrega de mais armas pesadas e aviões a Kiev.
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"Esta tendência de inundar a Ucrânia de armas, especialmente armas pesadas, são atos que ameaçam a segurança do continente e provocam instabilidade". afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov
A Rússia alertou ainda que haverá uma resposta militar dura a qualquer novo ataque ao território russo, acusando os Estados Unidos e seus principais aliados europeus de incitar abertamente a Ucrânia a atacar a Rússia.
A chefe da diplomacia britânica pediu um reforço dos envios de armas pesadas e aviões para a Ucrânia, ao destacar que é momento de "coragem" diante da Rússia, que executa uma operação militar neste país desde 24 de fevereiro.
"Armas pesadas, tanques, aviões, buscar em nossos estoques, acelerar a produção, temos que fazer tudo isto", insistiu Truss.
Nesta quarta-feira (27), a Rússia já havia anunciado que destruiu uma "grande quantidade" de armas que os países ocidentais entregaram à Ucrânia. O conflito, que entrou no terceiro mês, é cada vez mais intenso no leste e sul da Ucrânia, onde a Rússia concentra atualmente seus esforços militares.
Depois de mais de dois meses de guerra, as potências ocidentais se mostram menos hesitantes no momento de apoiar a Ucrânia com armamento para resistir aos ataques de Moscou.
Poucas horas depois de um alerta da Rússia sobre o risco "real" de uma nova guerra mundial, o governo dos Estados Unidos reuniu representantes de quase 40 países aliados em sua base militar de Ramstein, na Alemanha.
Um assessor presidencial ucraniano disse nesta quarta-feira que o mundo reconhece que seu país tem o direito de se defender realizando ataques a bases e depósitos militares russos.
"A Rússia tem atacado e [está] matando civis. A Ucrânia se defenderá de qualquer forma, inclusive atacando os depósitos e bases dos assassinos. O mundo reconhece este direito. Assessor presidencial Mykhailo Podolyak, no Twitter