Pelosi faz visita surpresa à Ucrânia, em novo aceno dos EUA contra Rússia

Trata-se da mais alta autoridade política americana a viajar para a Ucrânia desde o início da guerra contra a Rússia.

© Reuters

Mundo EUA-UCRÂNIA 01/05/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, reuniu-se com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelenski, durante uma visita surpresa a Kiev neste domingo (1º). Trata-se da mais alta autoridade política americana a viajar para a Ucrânia desde o início da guerra contra a Rússia.

PUB

"Agradeço aos EUA por ajudarem a proteger a soberania e a integridade territorial do nosso Estado", escreveu Zelenski no Twitter, numa mensagem junto com um vídeo que mostra ele, cercado de guardas armados, recebendo Pelosi e a delegação do Congresso dos EUA na entrada da Presidência em Kiev.

A presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, recebe a medalha da ordem da princesa Olga do líder ucraniano, Volodimir Zelenski, após reunião em Em nota, a delegação americana, que logo viajará ao sudeste da Polônia e para Varsóvia, afirmou ter realizado a visita "para enviar uma mensagem inequívoca e retumbante ao mundo: os EUA estão com a Ucrânia". "Um apoio adicional americanos está a caminho", destacaram os legisladores, dizendo que "vão converter a demanda de financiamento do presidente [Joe] Biden em um pacote legislativo".

Pelosi, por sua vez, condenou a "invasão diabólica" liderada pelo líder russo, Vladimir Putin.

Em uma dramática escalada dos esforços dos EUA contra a Rússia, o democrata pediu na última quinta (28) US$ 33 bilhões (cerca de R$ 166,6 bilhões) ao Congresso americano em ajuda à Ucrânia, além de novas ferramentais legais que permitam endurecer sanções e esvaziar bens de oligarcas russos.

A ampla solicitação de financiamento inclui mais de US$ 20 bilhões (R$ 100,7 bilhões) para armas, munições e outros tipos de assistência militar e US$ 8,5 bilhões (R$ 42,8 bilhões) em ajuda econômica direta ao governo em Kiev, além de US$ 3 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para auxílio humanitário e alimentar.

A Rússia, que já havia alertados os EUA a "não continuarem testando a paciência" de Moscou, numa referência à visita a Kiev dos secretários de Estado, Antony Blinken, e de Defesa, Lloyd Austin, afirmou neste sábado (30), por meio de seu chanceler, Serguei Lavrov, que, se Washington e outros aliados da Otan estão realmente interessados em resolver o conflito, devem parar de enviar armas para a Ucrânia.

Durante a passagem pela Ucrânia, Blinken e Austin anunciaram o retorno progressivo da presença diplomática americana no país e uma ajuda adicional, direta e indireta, de mais de US$ 700 milhões.

Em uma demonstração prática de sua retórica, neste domingo o Ministério da Defesa russo confirmou ter conduzido um ataque com mísseis contra um aeródromo militar perto da cidade portuária de Odessa, destruindo uma pista e um hangar com armas e munições fornecidas pelos EUA e por países europeus.

No sábado, a Ucrânia já havia dito que mísseis russos derrubaram uma pista recém-construída no principal aeroporto de Odessa - não ficou claro se as autoridades ucranianas estavam se referindo ao mesmo incidente, e a agência de notícias Reuters não pôde verificar imediatamente as afirmações.

Ainda que Biden e parceiros ocidentais tenham insistido reiteradamente que não participariam da guerra, citando o risco de a disputa descambar para o uso de armas nucleares, no segundo dia do conflito já havia uma engrenagem de ajuda militar em curso. Ela já superou os US$ 7 bilhões, quase o dobro do orçamento de defesa anual de Kiev, US$ 3,7 bilhões só dos EUA.

Zelenski agradeceu os "sinais muito importantes" dados pelos EUA e por Biden, entre os quais um programa similar ao criado durante a Segunda Guerra Mundial para proporcionar a países aliados equipamento militar sem, em tese, intervir diretamente no conflito.

O ato do Lend-Lease (Empréstimo-Arrendamento) remete a iniciativa semelhante de março de 1941, quando os EUA passaram a ajudar os rivais da Alemanha nazista, como Reino Unido e União Soviética, com alimentos, armas e transferência tecnológica. Naquele momento, os americanos passaram a ser vistos como hostis de fato ao Eixo, embora jurasse que não queria ver a Segunda Guerra de perto.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Investigação Há 17 Horas

Laudo aponta que míssil da Rússia derrubou avião no Cazaquistão

fama Luto Há 20 Horas

Morre ator Ney Latorraca, aos 80 anos

fama Bebê Há 22 Horas

Neymar será pai pela quarta vez e terá segunda filha com Bruna Biancardi

fama Festas Há 21 Horas

Filho de Leonardo, João Guilherme dispensa Natal do pai e passa com Xuxa

fama Emergência Médica Há 15 Horas

Internado na UTI, saiba quem é Toguro, influencer indiciado por homicídio

mundo Cazaquistão Há 20 Horas

Nevoeiro, aves, míssil russo… O que se sabe sobre a queda de avião?

mundo Avião Há 21 Horas

Corpo é encontrado no trem de pouso de avião no Havai

lifestyle Saúde Há 21 Horas

Nariz entupido? Saiba como resolver este incômodo

fama Tragédia Há 14 Horas

Ator de 'Baby Driver', Hudson Meek, morre aos 16 anos

fama LUTO Há 16 Horas

Famosos lamentam morte de Ney Latorraca