© Médium João de Deus foi internado no Sírio Libanês, em Brasília
(FOLHAPRESS) - Em prisão domiciliar por condenações decorrentes de uma série de crimes sexuais, o ex-médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, 79, está prestes a se casar com a advogada Lara Cristina Capatto, 50, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
PUB
O pedido de conversão de união estável em casamento deve ser concluído nesta quarta-feira (4), depois de ser iniciado em abril. Segundo o CNA (Cadastro Nacional de Advogados), a nova esposa dele tem registro profissional em São Paulo. A reportagem não conseguiu localizá-la.
O casal firmou união estável em 1º de setembro de 2021, data em que ele estava preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana. O casamento é com regime de separação de bens. Ele já foi casado antes e tem nove filhos.
Em nota à imprensa, o advogado Anderson Gualberto, que representa João de Deus, disse que "a vida particular" de seu cliente "deve ser preservada". "Não temos autorização para comentar. De qualquer sorte, casar não é crime e nem atentar contra as regras da prisão domiciliar que foram impostas", afirmou.
João de Deus cumpre pena por crimes sexuais desde 2018 e, em março de 2020, foi para a prisão domiciliar. Ele chegou a voltar para o regime fechado em agosto de 2021. No entanto, no mês seguinte, foi para casa novamente depois de reportar problemas de saúde.
No total, até o momento, João de Deus acumula penas que superam os 110 anos de prisão depois de ser condenado cinco vezes por crimes sexuais, além de responder por posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
A mais recente condenação de João de Deus foi proferida em 31 de janeiro deste ano. Na ocasião, a Justiça ordenou que ele cumprisse quatro anos de reclusão por crime de violação sexual mediante fraude. O crime ocorreu, segundo o Ministério Público de Goiás, em agosto de 2018.
Outros processos ainda continuam na Justiça contra João de Deus. No mês passado, oito novas vítimas dele foram ouvidas em audiência virtual realizada pelo fórum da comarca de Abadiânia, a 90 km da capital. As mulheres disseram que sofreram crimes sexuais praticados por ele. Ainda não há decisão judicial sobre esses novos casos.
A reportagem ligou e mandou mensagem por meio do WhatsApp para Lara Cristina, mas não recebeu resposta.