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Soldados israelenses receberam ordens para levarem as armas quando estiverem de licença para que possam intervir em caso de ataque palestino, anunciou hoje (23) o Exército de Israel.
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O chefe do Estado-maior israelense, general Gadi Eisenkot, "ordenou aos soldados que andem armados fora do serviço, inclusive quando em licença", disse uma porta-voz do Exército.
A decisão surgiu após a morte do soldado Tuvia Weissman, de 21 anos, que estava de licença quando foi morto à facada em um supermercado em uma área industrial israelense na Cisjordânia, na quinta-feira (18).
A esposa do soldado morto disse à imprensa que Weissman tinha dupla nacionalidade – israelense-norte-americana, e tinha pedido autorização para continuar armado durante a licença, o que lhe foi recusado.
Antes da decisão, os soldados não eram autorizados a ficar com suas armas quando em licença por receio de que pudessem ser roubadas ou usadas para cometer suicídio.
Todos os judeus israelenses, com exceção dos ortodoxos, devem cumprir serviço militar a partir dos 18 anos.
Depois de cumprirem o serviço militar obrigatório por três anos, os homens vão para uma unidade, na qual devem servir por um período entre 30 e 60 dias por ano e que pode ser prorrogado por mais tempo, em caso de crise. Eles só podem passar à reserva aos 40 anos.
As mulheres cumprem dois anos de serviço obrigatório e depois servem em outra unidade uma vez por ano, até aos 24.
O homicídio de quinta-feira é mais um episódio dos ataques palestinos com facas, armas e veículos, que começaram em outubro. Pelo menos 27 israelenses, um norte-americano e um eritreu morreram nestes ataques.
Em resposta, as forças de defesa israelenses mataram 176 palestinos, na maioria dos casos, durante os ataques. Com informações da Agência Brasil-